O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - Regional Ipatinga, formado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelas polícias Militar e Civil, deflagrou na manhã desta quinta-feira (16) a segunda fase da operação "Corpo Blindado". Sete cidades mineiras foram alvo de mandados de prisão cautelar e busca e apreensão.
A operação investiga esquemas criminosos voltados à comercialização e distribuição de entorpecentes sintetizados, anabolizantes, medicamentos controlados e outros produtos sem registro e origem. Dessa vez, os agentes realizaram ações em Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Caratinga, Belo Horizonte, Nova Lima e Ibirité.
No total, foram decretadas 27 prisões cautelares e autorizadas 41 buscas e apreensões. Até o início da tarde desta quinta-feira, haviam sido presas 18 pessoas e apreendida grande quantidade de anabolizantes e medicamentos de uso e venda controlados, assim como porções de cocaína e maconha, arma de fogo, munições e carregador.
Entre os conduzidos, estão algumas pessoas que foram presas na primeira fase da operação, em janeiro, durante evento promovido por uma boate em Ipatinga. Elas são apontadas como comerciantes de drogas sintéticas, anabolizantes e derivados.
A segunda fase da operação tem como foco a comercialização e distribuição de anabolizantes e outros medicamentos controlados e/ou sem registro e origem, conduta que, segundo o art. 273, § 1º, B, do Código Penal, pode ser punida com pena privativa de liberdade de 10 a 15 anos de reclusão.
Segundo o Gaeco, os medicamentos e anabolizantes apreendidos eram vendidos ilicitamente em diversas academias do Vale do Aço e também por pessoas que faziam o comércio clandestino como meio de vida. Essas pessoas também prestavam ”consultoria” aos usuários, “prescrevendo” qual produto utilizar, a forma de se fazer o uso e a dieta adequada para o tratamento.