(Bruno Haddad/Cruzeiro)
O Cruzeiro vivia um suplício em 2011. Vinha de três empates seguidos contra adversários diretos na luta contra o descenso (Avaí, Athletico-PR e Ceará) e corria o risco de ser rebaixado para a Série B do Brasileiro de maneira cruel, diante do arquirrival Atlético, na última rodada. Mas, no dia 4 de dezembro, o 6 a 1 em cima do Galo, na Arena do Jacaré, deu fim ao pesadelo. Quase oito anos depois, eis que surge um novo tormento. E como o 6 virou um número quase “sagrado” na história da Raposa, a reportagem traz seis motivos para explicar aquele que vem sendo considerado o pior momento da trajetória do clube (confira abaixo).
Os mais recentes elementos presentes na “receita do rebaixamento” são a saída do vice-presidente Itair Machado, nessa quinta-feira (10), e a instabilidade emocional que tomou conta de grande parte do elenco. Ao fim do empate sem gols com o Fluminense, no Mineirão, na última quarta-feira, pela 24ª jornada da Série A, vários atletas estavam desolados no gramado e no vestiário. Casos de Fabrício Bruno e Dedé, que chegaram a cair e levar as mãos ao rosto, e Henrique, com os olhos marejados após a partida.
“Inacreditável. Eu não sei nem o que falar. (Estou) com vontade de chorar, porque não tem explicação”, resumiu Robinho, outro visivelmente emocionado.
Com apenas 21 pontos, em 18º lugar, o Cruzeiro se vê cada vez mais afundado num mar de lama, provocado por uma série de capítulos de terror. Obviamente os jogadores têm parte da culpa, mas nada apaga a crise política, financeira e moral, fruto da incompetência e dos escândalos da diretoria ao longo da temporada, que, direta ou indiretamente, influenciaram para o quadro negativo atual.
Em outras palavras, as más atuações são a “cereja” de um bolo estragado, feito com ingredientes de uma receita medíocre e que vem causando indigestão aos torcedores, os maiores consumidores dessa crise.Clique na imagem para ampliá-la