Seis ex-ministros de Dilma aderem ao impeachment

Agência Folhapress
20/08/2016 às 16:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:28
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

(Wilson Dias/Agência Brasil)

  

barrar o seu impeachment.

 Oficialmente esses senadores, do PMDB (quatro) e do PSB (dois), argumentam que votarão contra a petista por fidelidade à decisão de seus
partidos, que em determinado momento romperam com o governo do PT. Reservadamente, porém, alguns apontam motivações mais pessoais. Lembram que não tinham acesso a Dilma e que ela não se preocupou em construir uma relação de proximidade com seus ministros.
Há até os que recordam constantes "broncas" sofridas da ex-chefe como razão para lhe negar agora o apoio.

 Os seis ex-ministros são Garibaldi Alves (PMDB-RN), Eduardo Braga (PMDB-AM), Marta Suplicy (PMDB-SP), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando
Bezerra Coelho (PSB-PE) e Eduardo Lopes (PRB-RJ). O PMDB rompeu com Dilma quando tomou corpo a percepção de que o processo de impeachment tinha condições de ser aprovado pela Câmara. O hoje presidente interino, Michel Temer, é um dos principais caciques do partido.


Já o PSB saiu do governo ainda antes da reeleição de Dilma para lançar ao Palácio do Planalto o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014. "O que me colocou no Senado foi a representação do povo do Amazonas e ele tem se manifestado claramente e majoritariamente em todas as pesquisas com relação ao afastamento. Isso não significa que eu não respeite e não tenha consideração pessoal pela
 presidente", afirmou Eduardo Braga, que foi ministro de Minas e Energia de Dilma até abril deste ano. O senador do Amazonas disse que, assim como os ex-colegas de Esplanada, não fará perguntas a Dilma na sessão em que ela fará a sua defesa, no dia 29. Mas afirma que é preciso que ela reconheça sua sua situação.


"Me parece que está claro e não há mais dúvida de que o impeachment está dado. Nesse momento é preciso ter a humildade de perceber que não existe mais governança." Para Garibaldi Alves, que comandou a Previdência, julgar Dilma é "uma árdua missão", mas ele diz estar convencido de que a petista cometeu crime de responsabilidade. E cita a carta a senadores em que a petista, embora negue ter cometido os crimes, admite  erros.


Marta, ex-petista que comandou a Cultura e hoje adversária do partido na disputa à Prefeitura de São Paulo, defendeu a saída de Dilma já na
primeira votação que o Senado fez no processo, em maio, quando a presidente acabou sendo afastada. "Cresce na população uma esperança: a esperança de podermos virar a página e de começarmos a recuperar o país. Estamos escolhendo a Na última votação do processo em plenário, só 21 senadores ficaram ao lado dela, contra 59 que se posicionaram a favor da formalização da denúncia. Para não sofrer impeachment, ela precisa do apoio (ou ausência) de pelo menos 28 senadores.

 Dilma teve nove dos atuais 81 senadores entre seus ministros. Hoje, apenas três ainda a apoiam publicamente: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Armando Monteiro (PTB-PE). 

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