Seis nomes no páreo na disputa pela presidência da Câmara de BH

Lucas Borges
lborges@hojeemdia.com.br
01/11/2018 às 22:33.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:34
 (CMBH/Divulgação)

(CMBH/Divulgação)

Falta pouco mais de um mês para a eleição à Presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) e seis vereadores surgem como principais postulantes ao cargo. Gabriel Azevedo (PHS), Álvaro Damião (DEM), Autair Gomes (PSC), Orlei (Avante), Reinaldo Gomes (MDB) e Irlan Melo (PR) manifestaram interesse em concorrer ao pleito de 12 de dezembro.

Além do presidente, serão escolhidos o 1º vice-presidente, o 2º vice-presidente, o secretário-geral, o 1º secretário e o 2º secretário, que vão compor a Mesa Diretora nos próximos dois anos.

A eleição da Mesa deve acontecer por chapa, completa ou não, inscrita até a hora da eleição, por qualquer vereador. A votação é aberta, por voto da maioria dos membros da Câmara.

O bloco do governo, que conta com 23 dos 41 parlamentares da Casa, é representado por Damião e Autair Gomes. Ambos têm o apoio do prefeito Alexandre Kalil (PHS), que não vai interferir na escolha.

O radialista evitou cravar a candidatura, mas vê como natural a indicação. “Alguns membros do bloco sugeriram meu nome. É natural pela boa votação que tive em Belo Horizonte. Se tiver um consenso dos vereadores, vejo com bons olhos a candidatura”, afirmou Álvaro Damião. 

“Fico muito feliz por ter sido lembrado pelos outros vereadores, mas ainda não coloquei meu nome. É um momento de muita especulação. Temos bons nomes que compõem o nosso grupo”, pontuou Autair. 

Apesar de ser do mesmo partido do prefeito de BH, Gabriel Azevedo adotou uma postura independente desde o início do mandato. Os principais aliados de Azevedo são Mateus Simões (Novo) e Doorgal Andrada (Patriotas), recém-eleito deputado estadual.

Diferentemente dos possíveis adversários na disputa, Gabriel confirmou que vai disputar o cargo em dezembro e lançou um site com 31 propostas para a gestão na CMBH.

“Quero tornar a CMBH ainda mais eficiente. O vereador Henrique Braga fez uma ótima gestão, enxugando gastos, não investindo em publicidade e priorizando a autonomia da Casa”.

Representante do PR na Casa, Irlan Melo lançou a candidatura na última quinta-feira, e discursou durante cinco minutos durante reunião na CMBH. O vereador afirma que já conta com algumas adesões que viabilizam sua presença na disputa pela presidência. 

Entre as principais propostas defendidas por Melo estão a maior transparência no processo legislativo, a maior acessibilidade na Câmara e o diálogo constante com o executivo. 

Corregedor da Casa, Reinaldo Gomes tenta mobilizar o apoio de mais vereadores para consolidar seu nome na disputa. 

Citado por Azevedo, o atual presidente da Câmara, Henrique Braga (PSDB), não pode se candidatar à reeleição. O estatuto da CMBH não permite que o vereador ocupe a presidência duas vezes durante o mesmo mandato. 

Até o fechamento desta edição, o vereador Orlei não havia sido localizado para comentar o assunto.


Verba indenizatória


Extinta em 2015, a verba indenizatória – que custeia despesas relacionadas ao exercício do mandato – pode voltar à pauta em 2019. Isso porque, alguns vereadores, apesar de não se manifestarem publicamente sobre o caso, se mostram favoráveis ao retorno desse reembolso. Entre os principais serviços que eram ressarcidos pelos cofres públicos estão gastos com correios, telefonia fixa e móvel, lanche, equipamentos de informática, viagens a serviço, locação e manutenção de carro e combustível.

“Sou totalmente contrário à verba indenizatória. O momento é de redução de gastos dos políticos. O país enfrenta, já faz um bom tempo, uma grave crise econômica que exige sacrifícios de todos”, afirmou Gabriel Azevedo.

Já Álvaro Damião evitou emitir opinião sobre o assunto. “Não tenho um posicionamento firmado hoje (volta da verba indenizatória). Temos que sentar com os vereadores, ver por que razão eles querem a volta do pagamento da verba indenizatória”, disse. 

O orçamento de 2019 depende da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), que segue em trâmite na Câmara Municipal. Para este ano, a Prefeitura de Belo Horizonte repassou R$247, 8 milhões para à Casa.
 

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