Seminário de apicultura reúne 300 pessoas em Montes Claros

Jornal O Norte
25/11/2010 às 17:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:45

Janaína Gonçalves


Repórter

Foi realizado nesta quinta-feira, 25, no auditório da Sociedade Rural de Montes Claros, o do 7º Seminário de Apicultura do Norte de Minas, com o objetivo de apresentar uma nova organização e fortalecimento da produção apícola do Norte de Minas. O evento contou com a participação de 300 pessoas de diversos municípios, entre eles, Bocaiúva, Butizeiro, Mirabela, Janaúba, Januária, São Francisco e Pirapora.

Na ocasião, o presidente da Codevasf, Aldimar Dimas Rodrigues, salientou sobre a importância do mercado da apicultura, que está cada vez mais promissor no Norte de Minas.

– Já foram construídas oito casas de mel na área de atuação da Codevasf e chegamos a um investimento de 120 milhões no setor, ressalta.

Para Dimas, a proposta do seminário é melhorar a capacidade de produção e investir na infra-estrutura para que mais produtores invistam nesta prática.

– A associação deve estar cada vez mais ciente da importância de uma produtividade certificada, pois isso aumenta as possibilidades para exportação deste produto. A proposta do seminário é expandir a atividade para as demais regiões, com aplicação de novas tecnologias na produção e a busca da criação de abelhas e produção de mel, como fonte de emprego e renda, reforça o gerente da Emater Ricardo Demicheli.

PROPOSTAS

Durante todo o dia, os apicultores conheceram um pouco mais sobre o manejo de colméias para a alta produção de mel e o diagnóstico da apicultura no norte mineiro. 

Mas o responsável pela unidade de desenvolvimento territorial da Codevasf, Alex Demier, avalia que estas dificuldades têm sido amenizadas aos poucos com o apoio do governo de integração e do governo do estado. 

- Só no Norte de Minas há 25 associações de apicultores e a produção anual chega a 400 toneladas de mel. A proposta é chegar daqui a uns quatros anos à marca de produção em 700 toneladas ano – analisa Demier.

DIFICULDADES

Para Demier, a maior dificuldade hoje para investir neste setor tem sido a certificação da casa de mel, que exige um custo elevado aos apicultores.

Ainda segundo Demier, o conhecimento que os técnicos da empresa na região tinham sobre a apicultura foi aprofundado.

- Agora, com este conhecimento sistematizado, vamos analisar com mais precisão as características da produção no Norte de Minas.

Antônio Almeida da Apiboc - Associação de Apicultores de Bocaiúva reforça a dificuldade.

– Hoje temos uma produção de 120 toneladas e já chegamos a produzir 58 quilos de coméia por ano, mas precisamos de mais apoio para termos condições de investir na certificação do nosso produto, salienta.

Antônio Rodrigues Santos, presidente da associação de apicultores de Cachoeira de Teobaldo, em Buritizeiro, afirma que é sempre bom participar destes encontros.

– A cada edição que venho aprendo um pouco mais para colocar em prática na minha região.

Santos diz que a área de produção chega a 40 mil toneladas por ano.

– Precisamos de transporte para ajudar na produtividade, observa.

Pesquisa realizada pela Emater-MG constatou que cerca de três mil agricultores da região Norte de Minas Gerais produzem mel. O estudo levou em conta 681 apicultores em 50 municípios e apurou que 91,48% do universo pesquisado são agricultores familiares, mas apenas 27,22% catalogam as atividades do apiário.

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