Senado ouve testemunhas da defesa de Dilma

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
26/08/2016 às 09:11.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:33
 (Marcos Oliveira/Agência Senado)

(Marcos Oliveira/Agência Senado)

O plenário do Senado retoma nesta sexta-feira (26) a sessão destinada ao julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment. Na reabertura dos trabalhos serão ouvidas as testemunhas de defesa da petista. O julgamento final começou nesta quinta (25) com os depoimentos de duas testemunhas de acusação. A expectativa é que sessão com as testemunhas de defesa – 6 no total – avance para o fim de semana.

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Base de Temer vai tentar dispensar 3 das 6 testemunhas da defesa de Dilma

No segundo dia de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, a base de Michel Temer vai tentar pedir a suspeição, e a consequente dispensa, de três das seis testemunhas da defesa. O objetivo é correr com o processo e encerrar a fase de interrogatórios ainda nessa sexta-feira, 26.

Um pedido de suspeição já foi feito, o da ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck. A testemunha foi contratada para trabalhar no gabinete da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é parte da tropa de choque de Dilma. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) alegou que não haveria isenção por parte da depoente.

O presidente da sessão, o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski, afirmou que a questão "é séria e com fundamento", mas só irá responder quando a testemunha for chamada para depor, como prevê o regimento. Os senadores da base de Temer dizem que é possível que a própria defesa peça a saída de Esther do rol de testemunhas, por considerar que sua posição como funcionária de Gleisi foi muito negativa para a defesa.

A base deve pedir ainda a suspeição das testemunhas Ricardo Lodi e Luiz Gonzaga Belluzzo. De acordo com a senadora Ana Amélia (PP-RS), Lodi, que é professor de direito e advogado, tem procuração para representar a presidente afastada e não poderia testemunhar. Já o economista Belluzzo foi considerado um especialista pelos senadores da base, que acreditam que ele não deve depor por não ter relação direta com os fatos.

Lewandowski já negou anteriormente o pedido de impugnação de duas testemunhas da defesa sob o argumento de que seriam especialista. O ministro preferiu mantê-las no rol de depoimentos.

A defesa minimizou a possível suspensão de suas testemunhas. "Nenhuma testemunha da defesa é tão fundamental como o procurador Julio Marcelo de Oliveira era para a acusação", disse o advogado de Dilma José Eduardo Cardozo, em referência à testemunha da acusação que foi tida como suspeita e depôs apenas como informante.

Na leitura da defesa, o primeiro dia de julgamento foi muito ruim para a acusação, que perdeu sua testemunha mais importante.



 

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