Sérgio Sette Câmara acelera no palco da primeira vitória para subir na F-2

Entre erros da equipe (o pior deles a quantidade de combustível inferior à exigida no Azerbaijão, que transformou um segundo lugar em desclassificação); problemas mecânicos e falhas que ele próprio admite serem suas, numa mostra de maturidade, a atemporada do mineiro Sérgio Sette Câmara na Fórmula 2 ainda não o deixou na condição pretendida.

Os pontos perdidos com as quebras; o problema em Baku e as duas corridas fora nas ruas de Mônaco depois do acidente nos treinos oficiais (que exigiu cirurgia) pesam nas contas do piloto de Belo Horizonte que, quando consegue se ver livre dos contratempos, é um dos mais regulares da temporada, com cinco pódios.

Pois a partir de hoje, em Spa-Francorchamps, ele inicia a reta decisiva do campeonato com uma missão em mente: se atualmente aparece em sexto, com 106 pontos, quer pelo menos, ocupar o posto que hoje é do tailandês Alexander Albon, com 141. Ser o terceiro ao fim do campeonato é sinônimo da Superlicença, o documento que dá o direito de disputar a F-1. Algo que, se ainda não é uma possibilidade concreta (seu empresário conversa com os times, especialmente por um posto de reserva em 2019), acaba sendo um importante diferencial.

E não poderia haver palco melhor do que o circuito em que conquistou sua primeira vitória na categoria, ano passado (ainda pela MP Motorsport) e o viu no pódio no Europeu de F- 3. Ainda que o traçado velocíssimo não seja o mais adequado a seu estilo de pilotagem. “É até engraçado, costumo andar melhor em pistas mais travadas, mas aqui conquistei alguns dos principais resultados da carreira”, lembra Serginho, que se vê sob pressão tanto quanto líder (George Russell) e vice-líder (Lando Norris) do campeonato. “Já gastei minha cota de problemas e não posso deixar mais de pontuar se quiser terminar ao menos em terceiro. Mas acredito que nesse fim de semana teremos um bom desempenho, destaca o piloto da Carlin.