(LUCAS PRATES)
Não é preciso dizer mais do que “seis amigos em Nova York”. Logo vem à mente uma das séries mais populares da televisão que, após 236 episódios levados ao ar entre 1994 e 2004, ganhou uma nova geração de fãs – muitos deles nem tinham nascido quando Ross, Rachel, Phoebe, Monica, Chandler e Joey se despediram do programa.
“Sempre vi pessoas com um moleton estampando a logo da série, algo que me deixava curiosa. Fiquei adiando para ver por achar longa demais. Mas durante a quarentena, enquanto esperávamos a chegada de uma pizza, meu pai colocou o primeiro episódio para vermos juntos. Hoje eu amo a série”, afirma Julia Alves, de 13 anos.
Júlia Barreto, de 17, foi apresentada ao universo da série pela influência da mãe, há dois anos. Agora está vendo todas as temporadas pela terceira vez. “Quando era menor, lembro de minha mãe assistindo na sala. O tempo passou e muita gente na escola começou a comentar sobre a série. Me interessei de vez”, observa a fã, que sabe muitos diálogos de cor e pode se dar ao luxo de acompanhar o programa no idioma original.
“Friends” renasceu devido à Netflix, ganhando adeptos principalmente nas escolas. Os constantes debates que ouvia entre colegas fizeram Érica Silva de Vasconcellos, 14 anos, buscar a série na programação do site de streaming (também está disponível na Net e passa periodicamente no canal Warner). “Como estava sem série para assistir, comecei a ver e gostei de cara”.
O que fez Júlia Barreto se apaixonar pela série é a leveza das histórias, concentradas nas relações dos seis amigos, que brigam, se namoram e se ajudam nos momentos de dificuldade. “É diferente de outras séries em que você tem que ficar pensando para entender. Assisti Dark recentemente e amei, mas a profundidade do tema é grande. Volto sempre para ‘Friends’ porque me faz rir”. ARQUIVO PESSOAL / N/AJulia Aves: “Seis pessoas que permanecem sendo amigas por um longo tempo é algo raro na atualidade”
Amizade
“O que eu mais gosto na série é como ela retrata uma amizade verdadeira. Seis pessoas que permanecem sendo amigas por um longo tempo é algo raro na atualidade. Elas têm personalidades completamente diferentes e, apesar de algumas brigas, colocam a amizade em primeiro lugar”, analisa Julia Alves.
Érica curte todos os personagens, mas tem uma predileção especial por Phoebe (“Ela é muito sincera, tem um lado doidinha e é muito generosa”) e Chandler. “Eu não gostava muito dele, mas depois, quando começou a se relacionar com a Monica, passei a perceber o comprometimento dele na relação”, aponta.
Julia Alves também exibe uma devoção por Chandler. “Amo o jeito que ele leva as coisas, com um modo sarcástico e, ao mesmo tempo, carinhoso. Gosto também da Rachel por causa do estilo dela e a forma como encara a vida real. A Rachel também é meio sensível, o que também faz eu me identificar com ela”.
Não deixa de ser curioso que as três fãs escolham, entre os melhores episódios, tramas que têm Monica e Chandler em diferentes momentos da relação, provando que o casal se transformou num dos motores da série.
Apesar deste carinho pelos personagens, os atores que os interpretaram (Courteney Cox e Matthew Perry) não foram tão bem-sucedidos quanto Jennifer Aniston (Rachel) e David Schwimmer (Ross), o primeiro casal a ser formado na série.
Independentemente do que aconteceu com o elenco após “Friends”, os fãs vivem nova expectativa com a reunião do sexteto para a gravação de um episódio especial para a HBO Max, que deverá ir ao ar no final do ano.ARQUIVO PESSOAL / N/A
Assisto ‘Friends’ porque me faz rir e relaxar”, destaca Júlia Barreto, que vê a série pela terceira vezN/A / N/A
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