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Servidores do Centro de Saúde Campo Alegre, no bairro de mesmo nome, na Região Norte de Belo Horizonte, protestaram na manhã desta quinta-feira (27) por melhorias na estrutura e segurança da unidade. Na manifestação, faixas pedindo segurança eram seguradas por servidores e usuários do Centro.
Em uma carta divulgada durante o protesto, as lideranças afirmaram que a unidade "vem sofrendo com a violência decorrente da falta de estrutura adequada, falta de medicamentos e até de material para curativos".
Lucimar de Almeida Silva, presidente do Conselho Distrital de Saúde Norte, contou ao Hoje em Dia que a mobilização começou no último dia 20, quando uma paciente com transtornos mentais teve um surto na unidade, quebrou o vidro da recepção e ameaçou a ginecologista que atendia no centro. A médica teria ficado presa no consultório por causa das ameaças.
"O centro de saúde está uma panela de pressão e o ato de hoje foi uma explosão. Usuários não têm privacidade em seus atendimentos, pois não existe uma recepção. O acolhimento é realizado em consultórios onde os pacientes que estão aguardando escutam as queixas dos atendidos", contou Silva. Segundo ela, uma assembleia foi marcada para o dia 20 de janeiro.
Outro lado
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) afirmou que foi realizada uma ação conjunta entre as áreas de assistência e logística do órgão como forma de garantir o fornecimento adequado de insumos ao Centro de Saúde. "Foi feito levantamento quanto à readequação da demanda e incremento no controle de estoque, com ações de boas práticas de gestão, de forma a proporcionar maior agilidade nos processos de compras e também na eficiência nos contratos com fornecedores. Caso ocorra alguma falta pontual, a Secretaria atua para a rápida reposição do insumo", informou a SMSA em nota.
Sobre a médica, a SMSA afirmou que foram tomadas as medidas cabíveis. Quanto à segurança, o órgão informou que "uma dupla de agentes da Guarda Municipal foi destacada para o Centro de Saúde bem como as passagens preventivas de viaturas foram intensificadas", informou em nota.
O coordenador da inspetoria responsável pela região continuará acompanhando o caso.