Profissionais reclamam que negociações para reposição de perda salarial foi encerrada sem acordo com a empresa responsável pela unidade
Manifestação em frente ao Hospital das Clínicas: profissionais fazem paralisação (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Servidores do Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte, e de outras 41 unidades Brasil afora - sendo três no interior de Minas - entraram em greve nesta segunda-feira (6) por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial de 14%, além de aumento no vale-refeição e melhores condições de trabalho
A proposta feita pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra as unidades, é de 2,50% de reajuste, agora em 2024. Para 2025 e 2026, os trabalhadores receberiam 80% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
A paralisação atinge médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas e psicólogos, além de funcionários do setor administrativo.
Além do Hospital das Clínicas, estão com atividades suspensas parte dos colaboradores em Juiz de Fora, Uberlândia e Uberaba. Todos são servidores da Ebserh).
"Estamos em negociação, desde fevereiro, nossa data-base seria 1º de março. A Ebserh enrolou a gente. Depois de 3 meses de negociação, retroagiu em algumas propostas sociais e apresentou índice muito baixo, sendo que o que estava sendo tratado era fazer a perda salarial dos últimos oito anos, que chega a mais de 14%. E foi apresentada reposição de 2,15%, que não representa nem a inflação do período. Fizemos contraproposta e a empresa negou", informou Lucas Mota, farmacêutico e representante do sindicato da categoria.
Como não houve acordo, explica ele, a negociação foi encerrada e, por isso, os profissionais decidiram pela paralisação. Uma assembleia será realizada nesta terça-feira (7) para definir os rumos da greve.
O Hoje em Dia procurou a Ebserh para saber como fica o atendimento aos pacientes e como estão as negociações com o sindicato e irá atualizar esta matéria assim que tiver retorno.