(Flávio Tavares)
Servidores estaduais das áreas da Saúde e da Segurança Pública fizeram uma ação na Praça Sete, hipercentro de BH, na tarde desta segunda-feira (23), para pedir o fim do parcelamento salarial e a volta de repasse do governo para as intituições de saúde. Cerca de 2 mil agentes penitenciários, bombeiros, servidores da saúde, policiais militares e civis fazem parte da mobilização, segundo as lideranças. Caixões foram queimados para simbolizar a morte dos direitos trabalhistas.
Marcelo Armstromg, delegado de Polícia Civil e diretor regional do Sindpol na Zona da Mata, afirma que o objetivo do movimento unificado é dar um basta no atual governo. “Não dá mais para permitir um governo que não respeita os seus servidores. Já são quase 3 anos de parcelamento, sem reajuste inflacionário, sem planos de saúde. É hora de dar um basta”, afirma.
Para Antonieta de Cássia Faria, diretora do Sindicato dos Servidores do Ipsemg, a prioridade é que o Estado repasse a contribuição dos servidores para a saúde e invista na revitalização das estruturas. “A contribuição é nossa, não pode ser retida, e o governo não tem o direito de escolher quem vai morrer. Queremos nosso pagamento em dia e os institutos de saúde revitalizados. É isso que esperamos de nossos governantes, sejam eles da situação ou oposição”, defende.
Apesar da insatisfação, as categorias não têm a intenção de entrar em greve. “Não queremos prejudicar ainda mais a sociedade”, afirma Antonieta de Cássia Faria, diretora do Sindicato dos Servidores do Ipsemg.
Confronto
Um princípio de confusão se formou entre servidores estaduais e representantes do movimento Lula Livre, que também manifestava na Praça Sete. Os dois lados chegaram a fazer agressões verbais, mas foram contidos pela Polícia Militar.