Os engenheiros da indústria automobilística dedicam centenas de milhares de horas para tornar o carro mais eficiente. Motores de menor cilindrada, injeção de combustível, turbinas e muita tecnologia mais. Reduzem seu peso, usam pneus “verdes” com menor atrito, melhoram sua aerodinâmica, instalam o start-stop que desliga o motor quando o carro para. Todas estas inovações voltadas para a redução de consumo e emissões.
Mas aí vem o motorista e consegue botar quase tudo a perder pois não segue regra nenhuma de condução consciente, pisa o acelerador no fundo, carrega peso morto no automóvel e parte do esforço da indústria é jogada no lixo.
As fábricas tentam, então, alguns recursos para evitar o desperdício de combustível. Um deles já vem sendo utilizado por algumas fábricas no Brasil, Fiat, VW, Ford e Renault entre elas. Trata-se de uma setinha que se acende no painel (conta-giros) indicando ao motorista o momento ideal de cambiar, jogando uma marcha mais longa ou mais curta, de forma a manter o motor sempre na rotação ideal. Se estiver engatada uma terceira marcha numa subida muito íngreme, por exemplo, e o motor vai perdendo rotação, surge a setinha e o número “2”, indicando ao motorista reduzir para a segunda marcha. Ou o contrário: se estiver numa descida, de quarta, a setinha pode acender sugerindo que ele engate uma quinta. O que a faz acender é um programinha de computador que analisa a variação de velocidade, da rotação do motor e a marcha engatada. A ideia é manter sempre o motor na rotação ideal para maior rendimento com menor consumo possível.
À primeira vista, dá a impressão de que esta setinha não influi muito, mas muitos motoristas se espantaram ao decidir respeitar suas indicações. Feitas as contas, registraram uma significativa redução na ordem de 10% no consumo de combustível. Além disso, quando se reduz consumo, há também uma redução na emissão de gases pelo escapamento, o que contribui para a qualidade do ar que respiramos.