Setra diz que empresas não foram notificadas e passagem continua R$ 4,05 na capital

Mariana Durães
31/12/2018 às 14:19.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:49
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Apesar da decisão da justiça, que neste domingo (30) determinou a suspensão do reajuste nas tarifas de ônibus de Belo Horizonte, as passagens na capital continuam custando R$ 4,50. A determinação partir da meia-noite desta segunda-feira (31). No entanto, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), afirma que, até o início da tarde, as empresas ainda não tinham sido notificadas. 

O aumento de 11% no valor foi anunciado na última quarta-feira (26) pela prefeitura de BH após divulgação dos resultados da auditoria contratada pela PBH para abrir a "caixa-preta da BHTrans". A decisão da justiça acata a ação impetrada pelos movimentos Nossa BH e Tarifa Zero. Porém, por ser uma liminar em primeira instância, ainda cabe recurso. No domingo (30), a PBH apenas informou que não vai recorrer.

O último reajuste de preços do transporte coletivo da capital aconteceu há dois anos. 

Decisão

A juíza Dênia Taborda, responsável pela sentença, considerou divergentes os argumentos apresentados pela PBH, por meio da BHTrans, e das empresas de ônibus. Segundo ela, "os constantes e notórios conflitos declarados entre o Município de Belo Horizonte  (...), as empresas prestadoras do serviço público de transporte coletivo de ônibus e os usuários, geram insegurança jurídica e possível caos na prestação deste serviço de imensa relevância e indispensabilidade ao funcionamento geral da cidade", justificou.

Auditoria
A análise de documentos conferiu mais de 100 mil documentos dos quatro consórcios de ônibus que operam na capital – Pampulha, BHLeste, Dez e Dom Pedro II. Para chegar ao valor final, foram considerados a receita, os custos, a área de investimentos e o lucro líquido de cada um. Na ocasião, foi informado que, segundo as investigações, as passagens deveriam custar R$ 6,35. Na ocasião, o prefeito Alexandre Kalil declarou que esse valor seria impraticável.

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