O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) emitiu uma nota nesta quinta-feira, 22, defendendo o piloto e os comissários da Gol que barraram o embarque do neto de 4 anos da coreógrafa Deborah Colker num voo entre Salvador e Rio, na segunda-feira, 19. O menino tem uma doença de pele não contagiosa, chamada epidermólise bolhosa.
No comunicado, o SNA afirma existem diversas doenças infectocontagiosas caracterizadas por lesões cutâneas e que "não cabe ao aeronauta avaliar se há riscos de contágios ou não." O sindicato diz ainda que cumpriu normas regulatórias previstas pelas Agências Nacionais de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de Aviação Civil (Anac) e pela International Air Transport Association (Iata).
Deborah disse esta semana que se sentiu constrangida e promete acionar judicialmente a companhia após ser barrada no voo com o neto. A filha dela e mãe da criança, Clara Colker, também se manifestou sobre o que aconteceu com T. no perfil no Facebook. "Meu filho foi discriminado, violentado verbalmente. Sofreu preconceito por ter sua pele diferente", afirmou.
A Anvisa anunciou nesta quarta-feira, 21, que vai apurar os procedimentos adotados por piloto e comissários da Gol. Na terça-feira, 20, a Anac também enviou com um ofício para exigir explicações da companhia. A Anac investiga o caso para saber se houve infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer), que poderá provocar multas de até R$ 10 mil.
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