(Raissa Oliveira/Hoje em Dia)
Apesar da operação considerada normal na manhã desta terça-feira (14), o metrô de Belo Horizonte pode ter o funcionamento interrompido até as 12h desta terça-feira (14), segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindmetro). A informação vai na contramão da fala da CBTU, que garantiu a circulação dos trens.
De acordo com representantes do sindicato, apenas um quantitativo mínimo de servidores estariam atuando nesta terça-feira. Com isso, na troca de turno, há chances que o metrô pare de funcionar a partir das 12h.
“A CBTU colocou nove trens para rodar, sendo operados por supervisores. Como a jornada do maquinista é de no máximo 6 horas, por questões de segurança, provavelmente até 12h já não teremos mais trens operando. Se continuar, vão estar descomprimido uma regra de segurança”, informou a entidade.
Já a CBTU, garante o funcionamento normal dos trens apenas com intervalo entre viagens maior de 12 minutos - em dias normais os trens operam de 7 em 7 minutos no horário de pico.
“A CBTU comunica que nossos trens estão operando normalmente nesta terça-feira. Os trens estão rodando com intervalo de 12 minutos no horário e pico. O nosso desejo é que persista com a operação normalmente ao longo do dia”, afirmou o Diretor-Presidente da CBTU-MG, Gustavo Barbosa.
Para tentar solucionar o impasse, uma audiência online foi convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região, para as 14h30 desta terça. Vão participar da reunião representantes da CBTU e do Sindmetro, para discutir a situação da greve.
Greve do metrô
Os metroviários decidiram pela greve em assembleia realizada na última sexta-feira (11). A paralisação estava marcada para ter início nesta terça (14). No entanto, não houve adesão suficiente. Ainda não há informação sobre a duração do movimento.
A reivindicação, neste momento, é pela revogação do leilão do metrô de BH, realizado em 22 de dezembro do ano passado e que foi vencido pela Comporte Participações S/A, de São Paulo, pelo valor de R$ 25.755.111.
A nova paralisação foi anunciada há menos de dois meses da última paralisação do serviço na capital. Em 14 de dezembro, o Sindimetro decidiu que as 19 estações não iriam operar. A greve total foi finalizada em 22 de dezembro, após o leilão da empresa.