A ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, foi indiciada no processo da Polícia Civil do Rio que investiga "pessoas por participação direta ou indireta em prática de atos violentos durante protestos". Nesta sexta-feira (13), ela voltou à Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde ficou por duas horas, mas se negou a prestar depoimento.
Elisa teve os pertences apreendidos - computador, celular, agenda de telefone e itens pessoais como certidões de nascimento e escolaridade - pela polícia em operação na quarta-feira. Ontem, a exemplo de quarta, Sininho entrou e saiu da delegacia sem falar com a imprensa.
"Ela não prestou depoimento porque os policiais queriam que isso fosse feito sem que tivéssemos conhecimento do inquérito. Dizem que está sob segredo de Justiça, mas não pode ser escondido de quem tem de se defender", disse o advogado da ativista, Marino D'Icarahy. Ele afirmou que vai ingressar na segunda-feira com um pedido de vista dos autos do processo.
Na quarta-feira, um dia antes do início da Copa do Mundo, Sininho e outros nove ativistas de presença constante nas manifestações tiveram seus computadores e celulares apreendidos e foram levados à delegacia para depor. Eles ficaram durante todo o dia e foram liberados, mas os materiais continuam apreendidos. Sininho compareceu aos dois protestos do primeiro dia da Copa.
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