(Marcello Casal Jr/Ag.Brasil)
O monitoramento do isolamento social por celular apenas indica se a pessoa está em casa ou não. O sistema reconhece um local como residência quando o aparelho fica em torno de oito horas parado à noite. A partir dessa informação, no dia seguinte, é considerada fora do confinamento a pessoa que se deslocar mais de 200 metros desse ponto identificado.
Conforme o Hoje em Dia mostrou, a baixa adesão à quarentena pode pôr a perder as ações de combate ao novo coronavírus. Nesta quinta-feira (14), Minas tinha a quarta pior taxa de confinamento no país, com índice de apenas 39,2%. O levantamento é feito pela startup In Loco, que analisa a localização de 600 milhões de brasileiros por meio do GPS de celulares.
Em BH, são 800 mil aparelhos monitorados, segundo a Secretaria Municipal de Planejamento, que tem, ainda, o reforço de dados enviados pelas operadoras de telefonia – nesse caso, a quantidade de equipamentos não foi informada.
Porém, de acordo com o secretário de Planejamento da capital, André Reis, não é possível saber para onde o morador está indo. “Se foi fazer cooper ou trabalhar. Só temos conhecimento da movimentação”, frisou.
O gestor destacou, ainda, que In Loco e as operadoras de telefonia não repassam dados sobre os usuários ao poder público. “São sigilosos. Nem sabemos quem são essas pessoas”, garante Reis.
Com a taxa de 50% de isolamento social na metrópole, a prefeitura implantará barreiras sanitárias nas entradas da cidade, a partir da próxima semana. A expectativa é iniciar o trabalho assim que os termômetros infravermelhos chegarem. A administração municipal não informou quando eles serão entregues.