Situação e oposição entram em conflito às vésperas das eleições na Tailândia

Agência Estado
01/02/2014 às 21:06.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:44

Um tiroteio de mais de uma hora em uma movimentada esquina da capital da Tailândia neste sábado (1º) deixou ao menos sete pessoas feridas, incluindo um fotógrafo americano. Apoiadores do governo e manifestantes entraram em conflito um dia antes das eleições marcadas para o domingo.

A troca de tiros foi o último conflito em um mês marcado por protestos para a retirada da primeira-ministra Yingluck Shinawatra do poder, acusada de corrupção. As turbulências aumentaram e as expectativas são de mais conflitos violentos neste domingo,

Os confrontos começaram após manifestantes da oposição terem tentado impedir a distribuição das urnas em diversas partes da Tailândia neste sábado, véspera das eleições gerais no país.

Na capital, Bangcoc, dezenas de opositores do governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra cercaram um centro de distribuição de urnas. A polícia precisou separar os manifestantes de um grupo de cerca de 200 partidários da premiê, que estavam armados com paus e barras metálicas.

De acordo com os serviços de emergência da capital, entre os feridos nos confrontos estão um repórter do jornal local Daily News e o fotógrafo americano James Nachtwey.

O opositor Partido Democrático já anunciou seu boicote à votação. Os manifestantes contestam a realização das eleições antecipadas no domingo. Cerca de 130 mil policiais irão assegurar 93 mil locais de votação em todo país.

Em discurso televisionado, o chefe Departamento de Investigação Especial, Tarit Pengdith, garantiu que a votação deste domingo será ordenada e segura.

Os protestos começaram no final do ano passado, após o partido do governo tentar aprovar uma lei de anistia que permitiria a volta do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra ao país. Deposto em 2006, Thaksin vive no exílio, mas permanece como figura central e altamente polarizada no cenário político da Tailândia.

Desesperada para neutralizar a crise, Yingluck dissolveu a Câmara Baixa do Parlamento em dezembro e convocou novas eleições. Apesar isso, os protestos intensificaram, e Yingluck, primeira-ministra interina com poderes limitados, se viu encurralada. Os tribunais da Tailândia iniciaram uma investigação relâmpago dos casos que podem levar à saída de Yingluck ou seu partido do poder, e o exército pode intervir novamente se a crise não for resolvida de forma pacífica.

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