(Ana Júlia Goulart )
O objetivo da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) de Belo Horizonte para o Carnaval deste ano é um só: a cada manhã a cidade tem que estar limpa como se no dia anterior não tivesse ocorrido festa pela cidade. Para isso, o número de garis nas ruas de Belo Horizonte foi ampliado em 60%, passando de 800 trabalhadores no ano passado para 1.256 garis em 2019.
O gerente do departamento de serviço de limpeza da SLU, Pedro Assis Neto, explica que houve um aumento na área a ser atendida por eles em cerca de 50% quando se fala somente da área do trajeto do desfile, sem contar com a área de impacto de cada bloco, que é um pouco imprevisível, já que as multidões se dispersam por várias regiões.
"Nossa premissa é fazer limpeza antes, durante e depois do desfile. Garantir uma cidade limpa no dia seguinte. Estamos sempre em pronto atendimento, já que o SLU é a cadeia final da operação. Sempre que possível a gente atende na remoção de garrafas de vidro e, também, ajudando a dispersar o público, já que quando os garis começam a varrer as pessoas começam a ir embora. Sem falar na liberação das vias, que depende de nós", apontou Neto.
Em 2018, foram coletados somente em varrição um total de 1.600 toneladas de lixo. Para este ano, a expectativa é de que sejam varridos das ruas da capital cerca de 3 mil toneladas de resíduos. "Estamos notando um aumento em torno de 80 a 90% a cada ano. Não tem uma relação proporcional com o aumento de público, mas envolve também o aumento de ambulantes e outros fatores", explicou.
O diretor aproveita para explicar à população que, apesar do reforço entre os garis envolvidos na limpeza da cidade para o Carnaval, os serviços rotineiros, como coleta domiciliar, varrição, capina, não serão afetados pela festa.
Recicláveis
Uma novidade trazida pela SLU em 2019 é o projeto de sustentabilidade adotado, que contratou 130 catadores de cooperativas de Belo Horizonte que atuarão catando materiais recicláveis em 12 blocos (três por dia). Estes catadores serão remunerados tanto pelo serviço como pela venda no material colhido.
"Uma questão importante é do vidro. A gente pede que o folião não vá com garrafas de vidro e também que os comerciantes não vendam esse tipo de material. Apesar disso, estamos implementando dez equipamentos chamados Locais de Entrega Voluntaria de Vidro (Levs), que foram instalados na região central. Não é para incentivar, mas para ter um local em que seja possível o descarte destas garrafas durante os desfiles", conclui Neto.
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