'Só dei o melhor de mim', diz mulher que salvou garoto que teve perna amputada por linha chilena

Bruno Inácio
24/07/2019 às 18:46.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:41
 (ARQUIVO PESSOAL / DIVULGAÇÃO)

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A vida do pequeno Gabriel Lucas Alves do Nascimento, de 15 anos, esteve por um fio quando ele teve a perna atingida por uma linha chilena enquanto atravessava uma rua do bairro Ingá, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Mas, uma pessoa em especial foi essencial para salvar a vida dele, que teve a perna amputada nesta quarta-feira (24).

A técnica de enfermagem Camila Magalhães Silva estava passando de carro na rua no momento em que a perna do garoto foi cortada. Ao ver um motoqueiro tentando salvar o garoto, que estava perdendo muito sangue, ela não pensou duas vezes. Parou o carro e passou a conduzir o primeiro socorro do menor, que chegou ao hospital em quadro gravíssimo devido à perda de sangue.

Segundo a equipe médica do hospital, se Silva não tivesse agido, fatalmente o garoto teria perdido a vida, pois a linha chilena cortou veias e artérias do garoto. A técnica enfermagem disse que, ao chegar e ver que o menino não parava de perder sangue, pensou em fazer um torniquete, e orientou, com a ajuda do motoqueiro, como salvar a vida do garoto.

"Orientei a fazer um torniquete para estancar aquela hemorragia, que no momento estava muito intensa, direto da perna dele. Aí fizemos o torniquete e fizemos a compressão do local, para que coagulasse e evitasse a perda da vida do Gabriel", explicou.

Inconsciente

O que mais impressionou a mulher é que o garoto tinha perdido tanto sangue que estava inconsciente quando ela chegou. Ele demorou um tempo para voltar do estado de choque e, só assim, ela conseguiu comunicar a família o que tinha acontecido.

"A situação em que ele estava era muito perigosa. Devido à perda de sangue estava em choque. Após colocar o torniquete eu fui fazendo a compressão para que estancasse a hemorragia e ele foi voltando aos poucos a consciência. Aí consegui que ele me falasse o telefone de contato de algum familiar", afirmou.

Questionada se algum momento teve medo do garoto morrer em seus braços, Silva não titubeou em responder que estava pronta para fazer o que fosse necessário para garantir a vida dele. "Naquele momento ali eu pensava só em salvar mesmo a vida dele, dar o melhor de mim mesmo", declarou.

Veja o quanto a linha chilena é cortante em demonstração feita pela Guarda Municipal de Betim pic.twitter.com/6ntbQZreB8— Jornal Hoje em Dia (@jornalhojeemdia) 24 de julho de 2019
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