(Flávio Tavares)
Nem o calor, que segundo o Inmet deve atingir a marca de 32° na tarde deste sábado (26), assustou os animados foliões, que no início da tarde já começavam a encher a Afonso Pena, no Centro da capital, para aproveitar a 44ª edição da Banda Mole. O evento, com entrada gratuita mediante retirada online, tem expectativa de atrair 50 mil pessoas.
Com tráfego interrompido entre as ruas da Bahia e dos Guajajaras, a principal avenida belo-horizontina foi preparada para receber os foliões, de todas as idades. São dois trios elétricos, além de um palco montado em frente ao Parque Municipal. Até as 23 horas, haverá apresentação de DJ’s, além de blocos de rua, como o Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro.
A via também recebeu banheiros químicos, postos médicos e de orientação sobre sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Também são distribuídos preservativos.
Ainda é tabu?
Nesta edição, a tradicional festa que antecede o Carnaval em BH, e que traz homens vestidos de mulher, vem com temática que relembra a polêmica criada após uma fala da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, sobre cores que meninos e meninas deveriam usar.
Segundo os organizadores, nesses 44 anos, a Banda Mole sempre teve papel de crítica social. Para o contador André Luís Corrêa, 51 anos, o assunto não é tabu. De acordo com ele, o mundo violento da atualidade também se combate com mais descontração.
“Eu saio quase todo ano. A minha sexualidade está muito bem resolvida e a Banda Mole é uma grande brincadeira. O mundo precisa de mais alegria”, afirmou.
O repórter fotográfico Gilcian Leonard, 48, também topou a brincadeira. “A Banda Mole é uma tradição indiscutível e o Carnaval de BH cada vez mais atrai gente, incluindo pessoas de cidades do interior de Minas que sempre tiveram suas festas”, opinou.
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