Subiu para 80 o número de mortos nos confrontos deste fim de semana entre forças de segurança do Egito e apoiadores do presidente deposto Mohammed Morsi, segundo Khaled el-Khateeb, chefe do departamento de emergência do Ministério da Saúde do país. Um funcionário do principal necrotério do Cairo, no entanto, disse que 11 corpos foram levados ao local neste domingo (28), elevando o total para 83.
Confrontos violentos ocorreram também neste domingo, durante os funerais de apoiadores de Morsi. Mohammed Badie, líder supremo da Irmandade Muçulmana, grupo do presidente deposto, pediu a seus seguidores que não abandonem a luta, mesmo com o grande número de mortos.
Com a onda de violência, diminuíram as chances de reconciliação entre os dois lados, que estão bastante divididos desde o golpe militar de 3 de julho, que derrubou o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.
Os islamitas rejeitam a nova liderança e dizem que a única solução para a crise é a volta de Morsi ao poder. Enquanto isso, o governo interino elabora um plano de transição para que um governo democraticamente eleito retorne ao poder até o começo do ano que vem.
O ministro do Interior do Egito, Mohammed Ibrahim, prometeu lidar decisivamente com qualquer tentativa de desestabilizar o país, em um alerta velado para os apoiadores de Morsi, que ocupam duas praças no Cairo há um mês. Fonte: Associated Press.
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