Homem teria envolvimento com a "Gangue do Brejo", que está em guerra com a 'Gangue 38', no Jardim Felicidade
(Divulgação/ PMMG)
Um homem de 26 anos, sobrinho do traficante Roni Peixoto, foi preso suspeito de envolvimento na guerra do tráfico de drogas no bairro Jardim Felicidade, na região Norte de Belo Horizonte. Ele foi detido na noite de terça-feira (6) com diversas drogas e uma arma.
De acordo com a Polícia Militar, o homem foi preso durante uma operação para coibir o tráfico na região que seria comandada pela Gangue do Brejo (GB), que estaria em guerra com o grupo criminoso conhecido como "38", que faz referência à rua José Furtado Sobrinho, antiga rua Trinta e Oito.
Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), os policiais se posicionaram em um local estratégico e conseguiram visualizar o suspeito que estava vendendo drogas. Uma viatura se aproximou pela via e forçou a fuga do suspeito. Contudo, os militares haviam cercado as rotas de fuga e o prenderam em flagrante, com R$ 115 no bolso.
Antes de ser preso, o suspeito dispensou uma bolsa preta, que tinha 153 buchas de maconha, 215 pinos de cocaína, 60 pedras de crack, além de um revólver calibre 38.
Após ser detido, o homem permaneceu em silêncio e falou apenas que não é traficante de drogas.
Roni, de 52 anos, foi assassinado a tiros em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no dia 11 de abril de 2022. O megatraficante era conhecido como braço direito de Fernandinho Beira-Mar em Minas. Em BH, atuava principalmente na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste, sendo um dos primeiros criminosos a comercializar o crack na capital. Atuava também em toda a Região Metropolitana.
Já foi preso por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha e tráfico de drogas e era tido como um dos líderes do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, em território mineiro.
Roni já cumpriu mais de 24 anos de prisão em regime fechado, de uma pena total de 35 anos. Em abril de 2019, Peixoto deixou a cadeia em regime de prisão domiciliar. Além da grande movimentação de dinheiro, ele esteve envolvido em diversas guerras do tráfico de drogas em Minas durante os anos 1990 e 2000.