Solução para crise da Grécia não virá nesta terça-feira, diz Juncker

Estadao Conteudo
07/07/2015 às 07:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:47

A reunião de líderes da zona do euro prevista para esta terça-feira não trará uma solução para a crise financeira da Grécia, afirmou nesta terça-feira (07) o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, indicando que os gregos precisarão negociar bastante para continuar no bloco.

"A solução não virá da noite para o dia", disse Juncker ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo. "Se chegássemos a uma solução hoje, seria uma solução simplista."

Juncker explicou que a cúpula de líderes, que será precedida por uma reunião de ministros de Finanças do bloco, será uma chance de retornar à mesa de negociações com o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras. Os encontros de hoje vão ocorrer depois de mais de 61% da população votante da Grécia ter rejeitado a última proposta de resgate dos credores do país, em plebiscito realizado no domingo.

Segundo Juncker, agora depende de Tsipras explicar aos outros líderes da zona do euro como "vamos sair dessa situação". "Queremos entender o que o povo grego quis dizer. Me disseram que não se trata de um 'não' à Europa, não se trata de um 'não' ao euro", afirmou.

Juncker não deu detalhes de como seria um eventual acordo para superar as divergências entre a Grécia e seus credores, que incluem a própria comissão, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ontem, muitos representantes do lado dos credores repetiram as exigências de que Atenas implemente as reformas de políticas e cortes orçamentários que os gregos rejeitaram no fim de semana.

Juncker ressaltou que a comissão, que é o braço executivo da União Europeia, fará tudo ao seu alcance para manter a Grécia na zona do euro.

"Sou contra a saída da Grécia (da zona do euro), disse Juncker. "A nação grega é uma grande nação e jogar a Grécia fora da união monetária, ou mesmo da União Europeia, não é algo que queiramos."

Juncker, contudo, declarou também que qualquer eventual acordo terá de respeitar a vontade dos cidadãos de outros países europeus. "Há desemprego em toda a parte na Europa", disse. "Há pobreza em toda a parte na Europa." Fonte: Dow Jones Newswires.
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