(Pedro Gontijo)
Massinha para modelar, material escolar, diário, bola e bermuda. Esses são alguns dos sonhos de Natal de estudantes de baixa renda de Minas Gerais. Eles enviaram mensagens ao Papai Noel e aguardam por um simples gesto de caridade, capaz de tornar a festa de fim de ano mais alegre e esperançosa.
A tradicional campanha das cartinhas dos Correios foi lançada nesta sexta-feira. Em BH, a ação contou até com a presença do Bom Velhinho. Ao todo, 150 mil meninos e meninas do Estado, o dobro de 2016, poderão receber presentes de voluntários.
Alguns pedidos são simples e inocentes, como o do pequeno João Pedro Rodrigues, de 8 anos. Ele quer um pudim. O garotinho optou pela sobremesa para que o Papai Noel também “tivesse dinheiro para comprar o presente de outras crianças”.
“Sempre dou alguma coisa porque quero muito que ela continue acreditando no Natal. Quero estimular a fantasia, criança tem que sonhar”, contou a mãe da criança, Kátia dos Santos Lima, de 43, que está a desempregada.
Há 23 anos vestindo a barba e os cabelos brancos e a roupa vermelha, Pedro Reis atua como Papai Noel voluntário em eventos destinados a crianças carentes. Ele recebeu inúmeros beijos e abraços dos estudantes que compareceram aos Correios. “É um gesto solidário feito com bastante alegria. Fico muito feliz em trazer amor e esperança no Natal”, diz.
Mais de uma
Centenas de pedidos estão espalhados no espaço destinado à adoção na agência Central dos Correios de BH. Quem deseja apadrinhar uma criança já pode ir ao local. Mas, diante de tantos desejos simples e inocentes, há quem não consiga levar apenas uma carta. A estudante Maria Clara Lenti, de 19, pegou 13 bilhetes.
Dentre os pedidos que irá atender há jogos de tabuleiro, sapatos e roupas. Maria Clara participa da iniciativa há quatro anos e, dessa vez, conseguiu recrutar amigos. “Toda criança tem sonhos, elas vivem no mundo onde existe a magia e o amor. Quando o sonho de Natal delas é realizado, isso só alimenta esse amor”, disse.