(Gláucio Castro)
Eles criaram até uma torcida organizada. São apenas cinco pessoas, é verdade, mas no que depender da empolgação da família Meza, de Santiago, La Roja, como é conhecida a seleção chilena, vai longe. Para empurrar o time que sonha com o primeiro título mundial, o engenheiro Luis Meza, de 57 anos, reuniu a esposa, duas filhas e o genro para vir ao Brasil apoiar o Chile e aproveitar para conhecer as atrações da terra tupiniquim.
Da capital chilena, eles seguiram de avião até São Paulo, onde alugaram um carro e embarcaram para Minas.
As montanhas do Estado foram o local escolhido pela “família Simpson”, como se autointitulam, para montar a base em solo brasileiro. Além das atrações de Belo Horizonte e cidades históricas, o ponto foi criteriosamente selecionado para que eles pudessem ficar bem perto dos ídolos, que treinam desde a semana passada na Toca da Raposa II.
Cuiabá, na estreia contra a Austrália, será a única cidade onde os comandados do técnico Jorge Sampaoli irão jogar que não receberá a visita desta animada família.
Para os confrontos no Rio de Janeiro, contra Espanha, e São Paulo, diante da Holanda, eles já estão com os ingressos nãos mãos.
Além da camisa da seleção chilena, os Meza trouxeram um amuleto importante. “Quando a gente acertou a viagem, mandei fazer uma camisa para cada um com os personagens da família Simpsons. Somos fãs do desenho e nos identificamos com eles. Está sendo uma maneira divertida de apoiar nossa seleção”, explicou orgulhosa a secretária chilena Viviana Perez, de 52 anos, enquanto conhecia a Igreja de São Francisco, na Pampulha, um dos principais cartões-postais de BH.
“Como o Chile está aqui, nós também resolvemos vir para cá. A única coisa que nos incomoda é não poder entrar nos treinamentos para dar uma força a mais, mas entendemos que eles precisam de tranquilidade”, diz a caçula Tamara Meza, de 26 anos, ainda apreensiva com a recente contusão do volante Arturo Vidal.
Para Luis Meza, nem mesmo o fato de o Chile ter caído no Grupo B, ao lado de Espanha, Holanda e Austrália, é motivo de preocupação. “Confio na nossa seleção. Temos muito bons jogadores. Além do mais, este grupo é muito disciplinado e isso é muito importante em uma competição como essa”, avalia.
Tempo para passear
Enquanto a bola não rola, a família aproveita para fazer turismo pela capital mineira. Divididos entre a vigília na Toca e os passeios pela cidade, eles se encantaram com a Lagoa da Pampulha e o conjunto arquitetônico de Oscar Niemeyer.
As capivaras, que eles nem sabiam o nome, viraram uma atração à parte. “São encantadoras”, disse Bárbara Meza, de 28 anos, ao lado do namorado Roberto Oyarce, de 25.