Com padrões mais rígidos de concentração de poluentes que a anterior, a nova classificação da qualidade do ar do Estado de São Paulo começou a ser informada nesta sexta-feira, 10, para a população. Mas, ao contrário do que se imaginava, foi registrado apenas um ponto com qualidade ruim, em Cubatão, no litoral. Das 46 estações meteorológicas, 22 apresentaram situação boa e 23, moderada. Na capital, o cenário foi parecido: em 7 estava boa e 7, moderada.
Apesar de os novos padrões serem mais restritivos - ao mudarem a concentração das substâncias a partir da qual se considera que elas podem afetar a saúde - e de a capital não registrar uma chuva forte desde o dia 14, as condições do ar nesta sexta-feira, 10, estavam favoráveis à dispersão dos poluentes.
Decreto do governador de 24 de abril definiu os novos padrões, mas foram necessárias algumas semanas para a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) atualizar os sistemas para analisar a qualidade do ar segundo os novos parâmetros. Via de regra, o que antes era bom agora pode não ser.
É o que foi observado na estação de Cubatão, conforme explica Maria Helena Martins, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb. Pelos padrões antigos, a condição de sexta-feira seria considerada regular no local, em vez de ruim, segundo os novos parâmetros.
Na capital, essa mudança também foi observada em pelo menos duas estações, na de Congonhas e na Ipen/USP. Em ambas, a qualidade do ar seria considerada boa pelos antigos critérios e agora passou a moderada. Maria Helena explica que é difícil comparar todos os pontos com os padrões antigos porque não só mudou a forma de classificar os poluentes como também a maneira de calculá-los.
Se a qualidade do ar na sexta-feira não estava tão ruim na capital, o que diminuiu o conforto do paulistano durante o dia foi a sensação de secura. De acordo com informações do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a umidade relativa do ar ficou em torno de 38% e a estimativa é de que o quadro pode piorar entre este sábado, 11, e domingo, 12, podendo ficar entre 20% e 30%. Abaixo de 30%, já é decretado estado de atenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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