O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar nesta quarta-feira (7) se o chamado "orçamento secreto" viola a Constituição Federal. Os ministros vão analisar, em conjunto, quatro arguições de descumprimento de preceito fundamental movidas pelos partidos Verde, Psol, PSB e Cidadania.
Desde 2020, parte das verbas federais é destinada pelo relator do Orçamento da União a parlamentares. Mas, diferentemente do que ocorre com as emendas parlamentares regulares, no "orçamento secreto" o Congresso Nacional não divulga quais são os deputados e senadores que usam, nem os prestadores de serviço ou órgãos públicos que recebem esses valores.
Para os partidos que foram ao STF, a liberação de recursos pelo orçamento secreto prejudica a moralidade, a legalidade, a transparência, a publicidade e o controle social das contas públicas. Também comprometem a impessoalidade e o próprio regime de destinação das emendas parlamentares.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) pediram que o Supremo Tribunal Federal rejeite as quatro ações. Para a PGR e a AGU, a liberação de verbas dessa forma é constitucional. E a falta de transparência foi resolvida com um ato conjunto da Câmara dos Deputados e do Senado, que determinou a publicação de relatórios sobre esses pagamentos.
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