Eu não gostaria de concordar com a teoria de que quando o time está ruim ou não consegue seu intento a culpa seja do técnico, ou repetir a velha máxima de que é melhor trocar o técnico do que o time inteiro. Mas sou obrigado a admitir que a impressão que se dá quando vemos a análise tática do Atlético frente a adversários diretos é que o Thiago Larghi faz experiências durante as partidas que comanda, ao invés de já ter uma fórmula pronta para enfrentar seus adversários.
Por exemplo, tirar o Elias e o Galdezani que, antes do granizo, vinham desequilibrando a partida e colocar dois meias leves num campo encharcado é no mínimo clara evidência de que ele desconhece o desenho tático do jogo. Nathan e Terans não corresponderam ao que se esperava deles.
E a zaga atleticana mais uma vez protagonizou a derrota da equipe. Aos 56 minutos, já que a partida foi reiniciada após 20 minutos de paralisação em função da chuva de granizo, Edenilson marcou para o Colorado, que se estabeleceu de vez na terceira colocação.
Não foi à toa que a torcida perdeu a paciência com o treinador, que, ao invés de colocar Cazares em campo, bancou sua decisão e perdeu mais uma vez dentro de casa com uma equipe que podemos considerar, no mínimo, instável, quando atua no Horto.
Lamentável! E agora é torcer para que essa equipe possa figurar mesmo entre os classificados para a Libertadores, já que essa questão de título é uma coisa um tanto quanto distante. São Paulo com 35 pontos, se distancia oito pontos do time mineiro, ou seja, duas partidas e meia.
Num campeonato difícil de pontos corridos como é o Brasileirão, tirar diferença de dois jogos para uma equipe é quase impossível.
Se contarmos que o Palmeiras está com a mesma pontuação do Atlético, que o Corinthians está a um ponto e o Cruzeiro a dois, então, temos que entender que não existe margem para erros ou testes durante as partidas que a equipe disputa.
Fazer experiências com atletas sem raiz com a torcida e bancar manter Cazares na reserva num jogo contra o adversário direto foi, no mínimo, imprudente, pra não dizer, incoerente ou inexperiente.
Para mim, o Thiago Larghi subiu no muro.