Dois homens e uma mulher foram presos nesta sexta-feira (9) por suspeita de serem os autores de vários assaltos a motoristas de aplicativos, especialmente na região da Pampulha. Um deles chegou a assumir que também já atuou em um caso de roubo a caixa eletrônico. Todos eles foram detidos em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com o major Leonardo Lima, comandante da 8ª Cia do 34º Batalhão, um motorista de aplicativo foi abordado por dois suspeitos, de 18 e 20 anos, logo após deixar um cliente na porta de um famoso restaurante da região da Pampulha, na noite dessa quinta-feira (8).
Armados com uma réplica, os dois suspeitos fizeram o motorista rodar por vários endereços de Belo Horizonte, especialmente em lojas de conveniência, para fazer compras com os cartões da vítima.
Depois, eles buscaram uma mulher de 22 anos, que seria prostituta e comparsa da dupla – segundo o major, era ela quem chamava os motoristas por aplicativo. Em seguida, ligaram para a esposa do motorista contando que o haviam sequestrado e exigiam o pagamento de R$ 5 mil para soltá-lo, mas a mulher disse que não tinha o dinheiro no momento.
Os três ainda teriam levado a vítima até uma boca de fumo para comprar drogas e, ao ver que não conseguiriam arrancar mais dinheiro do motorista, o deixaram em um lugar ermo no bairro São Mateus, em Contagem. O carro foi abandonado a poucos metros da vítima.
O motorista foi logo procurar pela Polícia Militar. Enquanto ele relatava o caso na 8ª Cia, soube que sua mulher continuava recebendo ligações dos assaltantes. Os policiais, então, pediram que ela os mantivesse na linha e conseguiram rastrear a ligação. Com isso, chegaram até a casa da suspeita de 22 anos, que estava com o telefone da vítima. A mulher indicou o endereço, em Contagem, dos outros suspeitos, que logo também foram detidos. Com eles, estavam os cartões e parte do dinheiro da vítima.
“Entramos em contato com a Polícia Civil e vimos que eles já eram suspeitos de realizar vários assaltos na região da Pampulha. Pelo menos três pessoas já teriam sido vítimas deles. Soubemos também que eles queimavam os dedos e os cabelos das vítimas para conseguir a extorsão”, explicou o major.