(Antônio Cruz/ABr)
BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quinta-feira (6) que será mantida a suspensão do Paraguai do Mercosul até as eleições gerais no país, em 21 abril. O assunto foi tratado durante a reunião de chanceleres do bloco, no Palácio Itamaraty. Patriota acrescentou que o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) vão “trabalhar de mãos dadas”, no monitoramento do processo eleitoral no Paraguai.
“Não há alteração da suspensão”, sintetizou Patriota, lembrando que o Mercosul e a Unasul tomam decisões de forma alinhada, reduzindo as possibilidades de divergências. Na semana passada, a Cúpula dos Chefes de Estado e Governo da Unasul, que ocorreu em Lima, no Peru, decidiu manter a suspensão do Paraguai. Os líderes concluíram que não houve fato novo que motive a revogação da medida.
Patriota acrescentou que: “Houve uma conversa sobre a situação do Paraguai com o propósito de os chanceleres continuarem examinando e acompanhando a situação, conforme a decisão de Mendoza [quando houve a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul na Argentina] adotada pelos presidentes do Mercosul”.
Para os presidentes, ocorreu no Paraguai o rompimento da ordem democrática, quando o então presidente Fernando Lugo foi destituído do cargo, em 22 de junho, num processo que durou menos de 24 horas. Uma semana depois, no dia 29, Unasul e Mercosul decidiram suspender o país do bloco, até que um novo presidente fosse eleito.
Integram a Unasul a Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Argentina, o Brasil, Paraguai, Uruguai, a Venezuela, o Chile, a Guiana e o Suriname. São países observadores o Panamá e o México. O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai - que está suspenso. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados.