Representantes dos transportadores de combustíveis estão decidindo qual medida será adotada diante do aumento de 24,9% nos preços dos combustíveis, anunciado pela Petrobras na última quinta-feira (10). A expectativa é que a decisão seja anunciada nesta segunda (14). Uma paralisação dos tanqueiros não está descartada.
Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato dos Tanqueiros de Minas Gerais (SindTanque-MG) afirma que desde o anúncio do reajuste, a diretoria do sindicato está se reunindo com associados e entidades representativas dos transportadores de combustíveis. A categoria conta que recebeu a notícia como uma bomba e que o valor do frete não consegue cobrir o custo do diesel.
Outra crítica do sindicato é a aprovação do projeto de lei, na Câmara dos Deputados, que altera a regra de incidência nos combustíveis do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS). A proposta estabelece a chamada "monofasia", que prevê a cobrança do ICMS uma única vez. Atualmente, o tributo incide ao longo da cadeia de produção dos combustíveis, provocando um efeito cascata no custo final dos produtos.
Para o presidente do SindTanque-MG, Irani Gomes, a nova proposta não atende aos transportadores do setor. "Essa medida [ICMS 'monofásico'] é insuficiente, pois a redução dos preços dos combustíveis será irrisória".
O Sindtanque-MG também deverá realizar uma assembleia extraordinária da categoria nos próximos dias.
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