Técnicas naturais são alternativas para as mulheres que sofrem com a menopausa

Da Redação
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04/09/2016 às 20:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:41

Foi-se o tempo em que a menopausa causava medo nas mulheres. Antes sinônimo de envelhecimento e perda da feminilidade, hoje esse período já não assusta tanto. Mais informação e aumento da expectativa de vida, conforme especialistas, ajudam a mudar a visão sobre o tema e incentivam a buscar ferramentas que amenizem ou mesmo espantem de vez as consequências físicas e emocionais provocadas pela mudança hormonal.

Recomendada pela Sociedade Norte-Americana da Menopausa, a yoga terapia hormonal é uma das práticas indicadas. Ajuda a colocar um ponto final em sintomas típicos do período, como sudorese excessiva, irritabilidade, alteração de humor, insônia, ressecamento vaginal e redução da libido.

São os hormônios os responsáveis por tantos desconfortos. De acordo com a ginecologista e obstetra Cristina Fonseca Beaumord, do Comitê de Especialidades da Unimed-BH, a chegada dessa fase culmina com o fim da produção dos hormônios sexuais. O principal deles, o estrogênio, está associado aos sintomas típicos do período.

Com a prática regular de yoga, porém, a reikimaster e yogueterapeuta Maria José Marinho, da Clínica Ponto de Equilíbrio, afirma ser possível reequilibrar a produção dos hormônios por meio de exercícios revitalizantes. “As contrações dos esfíncteres (músculos que contornam orifícios ou canais naturais do corpo) e a repetição de postura ativam a energia, equilibrando o sistema endócrino”, explica.

75% das mulheres têm fogachos (calorões) durante a fase que antecede o fim da menstruação, segundo a Sociedade Norte-Americana da Menopausa


Sintomas da Tensão Pré Menstrual (TPM) também podem ser aliviados com a prática regular de yoga. Além de exercícios físicos, os chamados ásanas, as aulas incluem técnicas respiratórias que ajudam a deixar medicamentos de lado. Para quem quiser saber mais sobre o tema, em outubro a especialista Katsuko Kawai, membro da Associação Internacional de Professores de Yoga e instrutora do Centro de Estudos Yoga Narayana, sediado em São Paulo, desembarcará na capital mineira para ministrar um curso de Yoga Terapia Hormonal (YTG).

O curso será realizado de 21 a 23 de outubro na Clínica Ponto de Equilíbrio, no bairro Funcionários, Centro-Sul de BH. O investimento é de R$ 350. “As atividades serão mais práticas do que teóricas”, frisa a mestra Maria José Marinho, acrescentando que problemas como infertilidade, osteoporose, doenças do coração e ovários policísticos também entram na lista dos problemas que podem ser amenizados com a prática.

A acupuntura e os fitoterápicos também são indicados para amenizar o desconforto da menopausa, como os famosos calorões, segundo a ginecologista Cristiana Fonseca; eles são recomendados para quem apresenta sintomas intensos no período, mas tem contraindicação à reposição hormonal

 Reposição hormonal não é para todas as mulheres 

O alerta é feito pela ginecologista e obstetra Cristiana Fonseca Beaumord, do Comitê de Especialidades da Unimed-BH. Não podem recorrer à terapia com hormônios as mulheres que têm problemas cardíacos graves, histórico de infarto recente e de trombose, diabetes descompensada e as fumantes.

A especialista lembra que nem todas irão sentir o desconforto com o fim da menstruação. “Ainda não se sabe o motivo, mas a intensidade dos sintomas varia para cada uma. As que não apresentam esses indícios, inclusive, nem precisam fazer a reposição hormonal”.
Quanto mais cedo começar, melhor.

A médica diz ainda que as mulheres com mais de 60 anos, já na menopausa há anos, não devem fazer a terapia hormonal com medicamentos. “Já não traz benefícios significativos. O ideal, conforme Cristiana Fonseca, é iniciar o tratamento quando os ciclos se tornarem irregulares, começarem as ondas de calor e as alterações de humor, desconfortos já sentidos antes mesmo de a menstruação acabar de vez.

O acompanhamento médico é essencial. “Cada mulher tem a sua particularidade, históricos familiares e médicos. O atendimento tem que ser individualizado”, afirma a especialista.

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