O presidente Michel Temer voltou a dizer que espera que a taxa de inflação chegue ao fim do ano abaixo do centro da meta do Banco Central, de 4,5%. A sua projeção é de que o índice oficial de preços, o IPCA, fique em "4% ou 4,1%" no acumulado em 12 meses, reiterou, em entrevista concedida à TV Bandeirantes há pouco.
Ele elogiou, inclusive, a forma como o BC vem conduzindo a política monetária, ao reduzir a Selic de maneira paulatina. "Os juros estão sendo reduzidos responsavelmente", afirmou. Para Temer, se o BC reduzisse a Selic "radicalmente", seria um gesto "populista" e "prejudicial" ao Brasil. As declarações foram dadas em resposta a um comentário de um jornalista, que disse que, mesmo com a queda da Selic, o juro real no Brasil ainda é um dos mais altos do mundo.
O presidente lembrou ainda as medidas tomadas pelo seu governo para reduzir o juro do crédito rotativo e que, como consequência, "os juros em geral vão acabar caindo".
Em relação às reformas econômicas que seu governo tem tentado emplacar, Temer reconheceu que a da Previdência enfrentará "grande dificuldade" no Congresso, mas disse que sua equipe tem feito esforços para "divulgar verdades", em uma tentativa de responder às críticas ao projeto. Se a reforma da Previdência não for aprovada, o presidente afirmou que será uma "decepção" para o desenvolvimento do País.
Quanto à reforma trabalhista, ele considera que será aprovada com mais facilidade, uma vez que, por se tratar de um projeto de lei ordinária, a quantidade necessária de votos é menor.
Ainda sobre o esforço em equilibrar as contas públicas, Temer disse que era "hábito" do governo manter os chamados "restos a pagar", mas que estes, acumulados desde 2007, foram eliminados pela atual gestão.
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