(Antonio Cruz/Agência Brasil)
O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (27), em uma rápida entrevista após a cerimônia de posse de Raul Jungmann como ministro da Segurança, que vai avaliar "caso a caso" ajuda para segurança pública para outros estados além do Rio, pediu que a população se engaje para também denunciar criminosos e descartou que a nova pasta possa interferir nas investigações da "Lava Jato".
Ao ser questionado sobre o papel do ministério da Segurança em relação ao comando a Polícia Federal e a possibilidade de atrapalhar o trabalho da operação "Lava Jato", Temer disse que isso "vem sendo tranquilamente levado a adiante". "Não há um movimento sequer com vistas à interrupção da operação", completou.
Segundo o presidente, o papel da nova pasta é combater a criminalidade. "E que tipo? Desde aquela digamos mais evidenciada, como o trafico de drogas ou a bandidagem, até evidentemente a corrupção", declarou.
Temer disse ainda que não acredita que a Medida Provisória que criou a nova pasta terá alguma resistência no Congresso, já que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, já se manifestaram em outras ocasiões contrariamente ao envio de muitas MPs por parte do executivo e neste caso especifico, Eunício tinha dito que preferia um projeto de Lei. "Estou encaminhando a MP para o presidente Eunício e tenho a impressão de que lá no Congresso também receberá a maior acolhida", disse.
Ao ser questionado se o governo prepara ajuda para outros estados, o presidente voltou a citar que já convidou os governadores para uma reunião na quinta-feira, onde o tema será discutido. "Pontualmente, vamos verificando caso a caso."
Apelo
Temer disse ainda que a solenidade desta terça-feira - que contou com a presença de diversos ministros e parlamentares - revelou o apoio à criação da nova pasta, que é a 29ª do seu governo.
Apesar disso, ele salientou que não será possível prometer que o governo vai "erradicar toda a insegurança do país, porque isso não se faz de um dia para o outro" e aproveitou para divulgar o Disque-Denúncia. "Até aproveito para pedir a sociedade civil que participe intensamente dessa questão de controle da segurança. Como fazê-lo? Não só em reunião nos seus bairros, mas se souber de alguma coisa, o disque denúncia, que é anônimo, é sempre útil."
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