Tempo de ganhar os clientes com com as novidades no comércio

Jornal O Norte
25/10/2007 às 12:07.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:21

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Direto às compras. Com a proximidade das datas comemorativas de fim de ano, as lojas e os consumidores já pensam no que farão para conquistar o gosto da clientela e ainda mostrar uma vitrine bonita. Por falar em vitrine, todos os anos, os lojistas do shopping center de Montes Claros se empenham em produzir suas vitrines, ou melhor, a cara de sua loja, para concorrer a prêmios dados pela Câmara de dirigentes lojistas. Os prêmios variam de acordo com a colocação.

Nesse período que antecede o natal a preocupação é quanto ao armazenamento de mercadorias e a renovação de estoque. Isso porque são as novidades que atendem a necessidade dos clientes e chamam a atenção quanto as tendências da moda, tudo de acordo com o gosto de crianças, jovens e adultos.

Uma ajuda que pode vir a calhar nessas horas é uma linha de crédito capaz de oferecer boas condições de pagamento e taxas de juros bem pequenas. Uma delas é a Giro Estoque oferecida pelo banco do Nordeste. Nela o orçamento mínimo é de R$ 10 milhões, sendo que a vigência da mesma é de setembro a dezembro de 2007.

As taxas de juros variam entre 1,02% a 1,14% ao mês com bônus de 15% a 25% sobre os juros até a data de vencimento valendo para as parcelas referentes ao FNE. Vale lembrar que o Giro Estoque é um mix de recursos oriundos do FNE e de recursos internos. Cada um dispõe de 50% de capital para formar a linha de crédito

EM BUSCA DO SONHO

Para o microempresário, Carlos Antônio Teles de Souza foi a tomada de crédito que o motivou a crescer. Segundo seu relato, durante o dia ele trabalhava numa loja de materiais de construção, mas também vendia roupas e confecções de porta em porta, em Teófilo Otoni e arredores, nos finais de semana e noites. Sonhava em montar seu próprio negócio, mas nem sempre tinha dinheiro disponível para fazer o investimento em compra de mercadorias para a revenda. Mas mesmo com tanto esforço Carlos não conseguia crédito nas instituições financeiras porque seu negócio não era formal

No Brasil grande parte dos negócios são informais, o que na visão de especialistas contribui em partes para o desaceleramento da economia brasileira.

Com esse propósito a capacitação da mão-de-obra dos micro e pequenos empresários tem sido a premissa básica da ACI- Associação comercial, industrial e de serviços de Montes Claros. Várias palestras e cursos estão sendo ministrados ao longo dos meses. O último realizado falou sobre a arte de vender e encantar o cliente. Conforme o presidente da Aci, Geraldo Drumond, o curso teve como objetivo qualificar os funcionários nas áreas de atendimento e, assim, estimular os consumidores locais a antecipar suas compras.  Ele comenta a necessidade do empresariado local de reforçar seus rendimentos, já pensando nos compromissos de fim de ano, a exemplo do pagamento do 13° salário dos trabalhadores.

- Esse é um momento importante para ações de capacitação, pois o período de final de ano é o mais significativo para o comércio de bens e serviços, diz.

INFORMALIDADE

A história de Carlos se assemelha com a de muitos brasileiros que trabalham na informalidade. Ele contraiu dívidas com agiotas antes de saber de linhas de crédito disponibilizadas pelo BNB para esse setor. Agora para o final de ano, os micro e pequenos empresários podem ir a qualquer agência do banco e tomar informações sobre as linhas disponíveis. Para atender a clientela o BNB modificou toda sua estrutura organizacional para abrir as portas para as MPE´s- micro e pequenas empresas.

- Hoje temos áreas voltadas para as MPE´s na diretoria e gestores nas agências especializados para atender esta carteira. No Giro Estoque BNB, por exemplo, as taxas de juros, além de menores, são diferenciadas de acordo com o porte da empresa, sendo que as microempresas pagarão menos juros, dando mais poder de barganha e alavancando bons negócios na capital e no interior, afirma José Valter, Superintendente de Negócios do BNB.

EMPRÉSTIMOS

O comerciante Carlos Antônio tomou seu primeiro empréstimo no valor de R$ 290. Hoje utiliza o valor máximo em microcrédito do programa Crediamigo- R$ 8.000 em 5 meses. Carlos emprega dez pessoas diretamente, presta serviço diferenciado e tem um ponto bem localizado. Além das vendas de boas marcas de confecções, também trabalha com venda de batata palha em Teófilo Otoni e possui uma academia de musculação e ginástica no quintal de sua casa. Adquiriu casa própria, um carro e duas motos para cobranças.

Em novembro de 2006, Carlos registrou seu estabelecimento comercial. Na cerimônia de homenagem, anunciou ao público presente que irá investir e triplicar o valor ganho de 700 no IV Prêmio BNB de Microcrédito.

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