(Menahem Kahana/AFP)
MIGRON - Todas as famílias de colonos israelenses abandonaram neste domingo (2) o assentamento ilegal de Migron, o maior da Cisjordânia ocupada, 48 horas antes do fim do ultimato da Suprema Corte de Israel.
Nas portas de algumas residências, os moradores escreveram "Migron, voltaremos" e "Nunca esqueceremos o sionismo"".
A colônia de Migron, ao norte de Ramallah, é a mais antiga da Cisjordânia e se tornou um símbolo do combate dos colonos contra as decisões da Suprema Corte, que acusam de adotar decisões sistematicamente contrárias a seus interesses.
Segundo documentos judiciais, Migron foi construída em maio de 2001 parcialmente em terras privadas palestinas sem autorização do governo israelense e deveria ter sido desmantelada há 10 anos. A colônia tinha 250 habitantes em 2009.
Mais de 340 mil israelenses vivem em colônias na Cisjordânia ocupada, quase 200 mil em uma dezena de bairros erguidos na parte leste de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel desde junho de 1967.
Para a comunidade internacional esta anexação é ilegal, assim como as colônias israelenses nos territórios palestinos ocupados, que tenham sido ou não autorizadas pelo Executivo hebreu.