(Marcelo Jabulas)
Para se manter líder de mercado, a Samsung tem um intenso cronograma de lançamento de smartphones, que começa em fevereiro e se arrasta até o último trimestre. E depois dos Galaxy S20, A51, M31 e Note 20, a marca sul-coreana fechou o ano com o S20 FE.
Para o consumidor, essa profusão de telefones pode causar uma confusão na hora de escolher qual comprar. Afinal, um smartphone não é uma aquisição barata, ainda mais nesses dias de crise e falta de dinheiro generalizado. No entanto, o S20 FE surge como uma opção interessante, capaz de entregar alta performance sem custar uma fábula.
Esse telefone se posiciona entre o A51 e o S20 (de entrada), com preços na casa de R$ 2.800 a R$ 4 mil. Na prática, ele conta com o mesmo processador de oito núcleos do S20, mas com apenas 6GB de RAM (contra 8GB). Por outro lado, é mais potente que o A51, que entrega apenas 4GB e tem processador mais simples, tal como GPU (unidade de vídeo) menos potente.
A performance do FE é tão boa quanto a do S20. Ele roda games com bastante fluidez, inclusive os mais pesados, como jogos de corrida e tiro.
A memória de 128GB segue o mesmo padrão do S20 e também pode ser ampliada para 1TB, via cartão Micro SD. Mas, sejamos sinceros, ninguém paga entre R$ 500 a R$ 1 mil num pedacinho de plástico do tamanho de uma “unha”. Se apertar, um cartãozinho de 128GB (R$ 120) resolve. Dá para ficar ainda mais em conta se o amigo ativar o Google Fotos. Vai por mim.
Na mão
O FE é um telefone mais simples que o S20, mas diante dos olhos ele é quase imperceptível. Tem tela infinita de 6,5 polegadas, em Gorilla Glass 3 (Gorilla Glass 6 e 6,2 polegadas, no S20), que ocupa toda a área frontal do aparelho e destaca apenas um pontinho ao alto. Que na verdade é a câmera frontal de 32 MP (assim como o A51), que é muito superior aos 10 MP da versão mais sofisticada. Ele também permite desbloqueio via senha, impressão digital ou reconhecimento facial.
Na parte traseira, o acabamento é mais simples com plástico fosco. As três lentes seguem o estilo de acabamento do Note 20. As lentes também são mais modestas, duas com 12 MP e uma de 8 MP que fazem a função de desfoque de fundo e grande angular. Dos três aparelhos, é o que mais economiza nos “olhos”.
A qualidade de gravação também não chega ao nível do S20 (8K) e entrega máximo de 4K. Mas tudo bem, afinal quem você conhece quem tenha uma TV de 8K para você exibir seus registros? A lente frontal também registra em 4K, mas com apenas 30 quadros por segundo (FPS), contra 60 FPS do S20.
Por outro lado, o S20 FE tem como vantagem a bateria de 4500mAh, que é mais potente que os 400mAh do S20 padrão. Na prática, ele consegue melhor autonomia, uma vez que o hardware mais modesto acaba exigindo menos da unidade de memória. Inclusive nos registros de imagens, uma vez que as fotos “menores” do FE processam mais rápido.
Palavra Final
O Galaxy S20 FE se posiciona numa faixa de preços que esbarra tanto no S20 “padrão” como no A51. Fatores que colocam ele como um S20 simplificado e também como um A51 melhorado. Em termos de câmeras, o FE leva a pior, mas tem a melhor bateria dos três.
Em termos de processamento, ele equivale ao modelo base, mesmo com menos memória RAM. Se o amigo não liga para filmagem em 8K e nem uma resolução de 48 MP na câmera traseira, essa versão mais modesta é uma boa pedida.
No entanto, o conselho é escolher o FE quando o preço for mais atrativo que o S20, pois pode ser que o amigo encontre a opção mais refinada numa promoção mais interessante. Então fique atento às pesquisas de preço.