Testemunha quebra o silêncio e afirma que Bruno sabia da morte de Eliza

Faltando apenas nove dias para o julgamento do goleiro Bruno, acusado de mandar matar a amante Eliza Samudio, o primo dele, Jorge Luiz Rosa, de 19 anos, principal testemunha do caso, quebrou o silêncio. Na noite deste domingo (24), durante uma entrevista ao “Fantástico”, o responsável por denunciar o caso à polícia, afirmou que o atleta não desejava a morte da ex-amante, mas acredita que era impossível ele não saber de nada sobre o crime.

Ele destacou o envolvimento de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão". Segundo ele, "Macarrão" teria dito que Bruninho, o filho de Bruno com a amante, também deveria ser morto, e que chegou a receber uma proposta para matar a atual mulher do ex-jogador do Flamengo, a dentista Ingrid Calheiros.

O rapaz descreveu como Eliza veio do Rio para Belo Horizonte e que até desferiu seis socos no rosto da ex-modelo durante a viagem. Foi ele quem contou que Eliza foi morta e teve supostamente uma mão jogada para cães pelo ex-policial - a denúncia aponta a pessoa citada como sendo o réu Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola". “Foi o "Macarrão" que me falou que tinha sido jogado, que tinha dado umas bicudas nela, antes dela morrer, antes de enforcar ela”, relembra o jovem.

Em novembro do ano passado, no julgamento da ex-namorada de Bruno, Fernanda de Castro, condenada a 5 anos por sequestro e cárcere privado, e "Macarrão", o primo do atleta foi dispensado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por ter sido incluído no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAAM).

Na época, o depoimento dele foi substituído pelo da delegada Ana Maria dos Santos Paes da Costa.

No próximo dia 4 de março, o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes e sua ex-mulher, Dayane Rodrigues, serão julgados em Belo Horizonte, por terem participado do desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, em 2010.

Em 22 de abril, será a vez do julgamento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos ("Bola"). Luiz Henrique Romão ("Macarrão) e Fernanda Gomes de Castro, amigo e amante do ex-goleiro foram condenados ano passado.