Teto de supermercado desaba e mata duas pessoas

SÃO PAULO - O gerente de Cultura e Ação Comunitária da Cooperativa Obrera, empresa dona do supermercado cujo teto desabou na noite de quinta-feira (25) na cidade de Neuquén, na Argentina, afirmou que o edifício onde aconteceu o desastre não estava passando por obras. O teto do supermercado desabou por volta das 19h45 locais, matando ao menos duas pessoas. Anteriormente, o governo local havia falado em cinco mortos, mas voltou atrás. A confusão foi feita porque há pessoas desaparecidas sob os escombros.

Dois corpos já foram resgatados, pertencentes a uma garota de 14 anos e a uma mulher de 40. De acordo com o jornal argentino "La Nación", há uma terceira vítima fatal que já foi recuperada. Além disso, ao menos 14 pessoas ficaram feridas e já foram levadas a hospitais locais. O governo do município disse acreditar que ao menos seis pessoas ainda estão soterradas. Entre elas estão duas crianças, de três e cinco anos.

Calcula-se que cerca de 50 clientes estavam no supermercado no momento em que o teto cedeu. A equipe de 23 funcionários saiu ilesa. Bombeiros, policiais e agentes da Defesa Civil continuam buscando os desaparecidos entre os escombros. A tarefa é considerada arriscada, porque há risco de novos desabamentos. O governo da província de Neuquén declarou três dias de luto oficial.

Segundo o gerente Enrique Moreño, "não havia obras, não estávamos fazendo uma ampliação nem temos acumulação de materiais no local". Ele reafirmou a hipótese de que a origem do desabamento foi uma obra clandestina realizada por terceiros, numa rua atrás do edifício. "Sem dúvidas houve um sobrepeso que forçou a queda do teto. Pode ter sido porque há uma construção acima do supermercado ou porque uma parede vizinha desabou. Mas não temos ideia de como os fatos ocorreram", disse Moreño em entrevista a uma rádio argentina.

Ele ainda expressou preocupação quanto às vítimas, que, para a empresa, "são uma parte da família".