(Arquivo/Agência Brasil)
A Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) já tem documento final acerca da ambição climática em 2020 e do cumprimento do Acordo de Paris, que limita os países para impedir a subida da temperatura média do planeta este século acima de 1,5 graus. O acordo, intitulado "Chile-Madrid, hora de agir", foi alcançadon neste domingo (15), quase dois dias após o dia marcado para encerrar a 25ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
O documento foi aprovado pela presidente da COP25, a chilena Carolina Schmidt, após um tenso debate com o Brasil que, inicialmente, não aceitou dois parágrafos incluídos no acordo sobre oceanos e uso da terra.
O acordo final da COP25 estabelece que os países terão de apresentar em 2020 compromissos mais ambiciosos para reduzir as emissões (as chamadas Contribuições Nacionais Determinadas) para enfrentar a emergência climática.
Segundo o acordo, o conhecimento científico será "o eixo principal" que deve orientar as decisões climáticas dos países para aumentar a sua ambição, que deve ser constantemente atualizada de acordo com os avanços da ciência. O texto inclui "a imposição" de que a transição para um mundo sem emissões tem de ser justa e promover a criação de emprego.
O acordo também reconhece a ação climática de atores não-governamentais, a quem convida a aumentar e generalizar estratégias compatíveis com o clima.
As várias delegações, de 200 países, não conseguiram chegar, na sexta-feira (13), a acordo sobre como impulsionar as metas do Acordo de Paris. As organizações ambientalistas acusaram a presidência chilena de estar cedendo aos interesses dos países poluidores, como os Estados Unidos e o Brasil.