TJD adia julgamento que pode até excluir Atlético do Campeonato Mineiro
Novas provas foram apresentadas pela defesa do time mineiro
Clube alvinegro está sendo julgado por atos homofóbicos durante o clássico contra o Cruzeiro (Staff Images/ Cruzeiro)
O Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG) adiou o julgamento do Atlético pelos atos de homofobia por parte da torcida durante o clássico contra o Cruzeiro, em 3 de fevereiro. O time alvinegro corre risco de ser excluído do Campeonato Mineiro.
O adiamento ocorreu devido a novas provas, documentais e em vídeo, terem sido apresentadas pela defesa do Galo nesta terça-feira (27), data do julgamento. Os auditores não tiveram tempo de analisar as evidências.
O procurador responsável pela denúncia, Felipe Bartolomeo Moreira, e o relator Erick de Freitas, tentaram argumentar para que a pauta fosse julgada ainda nesta terça. No entanto, a presidente do TJD, Helen Boccalini, definiu que o julgamento fosse realizado na próxima reunião – ainda sem data confirmada.
Entenda o caso
Durante o primeiro tempo do duelo entre os rivais, parte da torcida do Galo (única presente no jogo) gritava “bicha” toda vez que o goleiro do Cruzeiro, Rafael Cabral, tocava na bola.
Por entender que seja um caso de extrema gravidade, o procurador Felipe Bartolomeo Moreira pede a exclusão do Atlético do Campeonato Mineiro. Caso isso não aconteça, ele pede que o Galo perca mando de campo e pontos na competição.
Se perder pontos no Mineiro, o Alvinegro pode ter problemas para se classificar à semifinal. Líder do Grupo B com onze pontos, o clube está apenas três de distância do Villa Nova e do Uberlândia. Se for punido, pode ser ultrapassado pelo Leão ou pelo Periquito.
Além do caso de homofobia, o Galo foi denunciado por arremesso de objetos em campo, invasão e descumprimento do regulamento. Após o segundo gol do Cruzeiro, na vitória por 2 a 0, objetos foram arremessados em direção ao gramado e, no fim da partida, alguns torcedores tentaram invadir o campo.
O clube será julgado por não tomar providências e impedir os atos. A multa varia de R$ 100 a R$ 100 mil.
*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca
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