Torcedores de Norte a Sul viajam para ver a Seleção Brasileira em Minas

Wallace Graciano - Hoje em Dia
26/06/2013 às 15:48.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:30
 (Wallace Graciano)

(Wallace Graciano)

Por onde passa, a Seleção Brasileira promove uma mistura de sentimentos, onde o torcedor deixa de lado seu time do coração e até mesmo sua naturalidade para se juntar à mais democrática das torcidas. Nesta quarta-feira (26), esse fato foi perceptível no Mineirão. Camisas de várias cores e sotaques eram vistos em meio ao mar de torcedores que aguardavam pelo duelo contra o Uruguai, válido pelas semifinais da Copa das Confederações.    Um dos vários sotaques que se misturavam ao “mineirês” vinha do Paraná, através de curitibanos que veio a Belo Horizonte somente para esta partida. Com camisas dos três grandes clubes daquele estado (Atlético, Coritiba e Paraná) e da Seleção Brasileira, eles aguardavam com muito bom humor a chegada do tão esperado duelo contra a Celeste Olímpica.   Segundo o paranista Jefferson Breda, de 40 anos, eles chegaram cedo na capital e voltarão ao sul do país ainda nesta quarta. “Chegamos hoje (quarta) em Belo Horizonte, às 8 horas, e retiramos o ingresso para vir para cá diretamente.  Será bate-volta. Às 21 horas voltamos. Amanhã é dia de trabalho, né...”, comenta o torcedor do Tricolor Paranaense, assim como seu amigo,  Massilon Astarita, de 30 anos.   Ao lado deles estava o rubro-negro Luís Roberto Pappi, que ganhou a companhia do casal Edgardo Soares e Rosita Soares e do filho deles, José Ferreira Soares. Entre uma cerveja e outra, eles brincavam com seus “rivais” e até mesmo dos mineiros.    “Cara, é um fato histórico. Temos que nos preocupar com essa torcida do Paraná aqui. Fizemos um esforço danado e conseguimos reunir dois. Se o avião cair, nunca mais lota o estádio deles”, brinca o bem humorado Edgardo, que tira sarro também dos mineiros ao ser questionado sobre o que está achando do Mineirão. “Vim aqui para ver que nosso estádio  (Arena da Baixada) é muito melhor que os seus. Estou brincando. Ficou bonito, gostei do que vi até o momento. Só que poderia ter mais cadeiras vermelhas...” afirma o atleticano.   O coxa-branca Jefferson Breda fez voz aos amigos e elogiou a receptividade e estrutura mineira. Ao ser perguntado se o craque do seu Coritiba, Alex, teria uma chance na Seleção, ele preferiu enaltecer outro camisa 10. “Vou puxar o saco dos mineiros. O Ronaldinho, pelo que está jogando no Atlético, merecia estar na Seleção. Ele assusta qualquer adversário só por sua presença”, diz o curitibano.   Sobre as manifestações que prometem parar o trânsito na capital, Rosita não escondeu o temor pelo protesto, mas se mostrou favorável ao povo mostrar sua voz. “Claro que ficamos apreensivos. Por isso chegamos cedo. Acho que toda manifestação é válida e o povo está no seu direito. Fico triste pela violência, que deixa obscuro tudo de bom que estava sendo feito”, afirma a torcedora.    Do Acre para Minas   Um sotaque pouco comum nas alterosas também foi escutado à caminho do Mineirão. Lourival Junior, de 28 anos, veio de Rio Branco, no Acre, somente para acompanhar as finais da Copa das Confederações. Apesar de enfrentar nove horas de viagem até Belo Horizonte, ele se diz empolgado com o duelo de logo mais.    “Vim apenas para acompanhar o torneio. Vou assistir a semifinal e final. Deixei Rio Branco às 3 horas da manhã de hoje (quarta) e cheguei aqui ao meio-dia. Foram nove horas de avião e esperas no aeroporto, mas valeu a pena”, afirma o acreano.    Além da Seleção Brasileira, Lourival torce pelo Rio Branco, do Acre. Em Minas, ele se diz simpatizante do Atlético, graças a um ídolo. “Torço pelo Rio Branco. Nosso time está na Terceira Divisão do Brasileiro. Na primeira, torço para o Corinthians. Aqui, gosto do Atlético, por conta da torcida e do Ronaldinho”, completa. 

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