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A volta do público aos estádios de futebol pode levar a um aumento no número de casos de Covid-19. É o que acredita o infectologista Adelino Melo Freire Júnior, membro do Hospital Felício Rocho e diretor médico do Instituto de Medicina de Precisão Target, Adelino Melo Freire Júnior. Segundo ele, para a presença da torcida, será necessária uma fiscalização rigorosa e a comprovação de que a pessoa testou negativo para a doença ou foi vacinada com as duas doses contra o novo coronavírus.
O especialista, porém, ressalta não ser contrário às novas flexibilizações na cidade. Ele diz que, com o avanço da campanha de imunização e a redução da taxa de ocupação de leitos nos hospitais favorecem a reabertura das atividades.
Em entrevista ao Hoje em Dia, Adelino Melo também comentou sobre a possibilidade de o Ministério da Saúde reduzir de três meses para 21 dias o prazo entre as duas doses da Pfizer no Brasil. O infectologista ressalta que esse prazo é recomendado na bula da fabricante, mas existem várias pesquisas apontando que a eficácia do imunizante também é segura com intervalo de três meses.
O especialista lembra ainda que há dados que comprovam que apenas uma dose da Pfizer e da AstraZeneca já tem uma proteção significativa, mas é essencial completar o esquema vacinal com as duas aplicações.
Uma outra questão é que o Ministério da Saúde recomenda agora que mulheres grávidas ou puérperas sejam vacinadas com uma combinação da AstraZeneca e Pfizer.
O infectologista diz que existem pesquisas que revelam que essa estratégia é eficaz e que deve ser feita para ampliar a proteção nesse público-alvo, que potencializa a resposta imune. Ele acredita que a mistura das vacinas pode ser uma tendência, mas ainda deve levar tempo para implementação.
Acompanhe a entrevista na íntegra.