(Divulgação/PBH)
Os professores da rede estadual de Minas Gerais decidiram realizar uma greve sanitária, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (2).
Coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Denise Romano pontuou que as escolas não têm segurança sanitária para aulas presenciais, os trabalhadores da educação não concluíram o ciclo da imunização (com a segunda dose) e ainda não há um calendário de vacinação para crianças e adolescentes. “Essa greve sanitária se faz necessária para defender a vida da categoria, dos estudantes e das comunidades escolares'', afirmou.
A greve será realizada somente nas regiões com convocação presencial, e o ensino remoto continuará sendo feito normalmente. As Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e Órgão Central também serão contemplados pela paralisação, mas o trabalho remoto será mantido.
Em julho, uma outra greve sanitária foi realizada, porém por tempo determinado. A paralisação aconteceu do dia 12 ao 17. No entanto, o sindicato alega que nenhuma mudança nas escolas foi feita. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) manteve o posicionamento de retorno híbrido.
A entidade enfatizou a necessidade da greve com os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira (28), que constatou 6.071 novas contaminações nas últimas 24 horas e 50.059 óbitos desde o início da pandemia.
Em nota, a SES declarou "que vai acompanhar a adesão ao movimento nas escolas estaduais, mas reitera que o processo de retomada das atividades presenciais segue planejado com todo cuidado e segurança, com o fim do recesso escolar, no próximo dia 3 de agosto".
A pasta informou, ainda, que a retomada das atividades presenciais na rede está sendo de forma "segura, híbrida, gradual e facultativa, seguindo rigorosamente todos os protocolos sanitários da SES-MG, desenvolvido em conjunto por um grupo de trabalho formado por especialistas nas áreas de saúde e educação, e balizado por critérios técnicos que orientam as deliberações do Comitê Extraordinário Covid-19".
"Todas as escolas realizaram um checklist criterioso para aplicação das adequações necessárias no ambiente, com regras de distanciamento e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. A retomada também inclui monitoramento de casos suspeitos da doença, com a possibilidade de afastamento progressivo de alunos, turmas e até o fechamento de escolas, em caso de necessidade", complementou o texto da nota.
Leia mais: