CAIRO - Três homens armados que entraram em Israel a partir do Sinai egípcio foram mortos nessa sexta-feira (21) durante confronto com soldados israelenses, que também tiveram uma baixa, segundo fontes dos serviços de segurança do Egito e de Israel.
"Três terroristas armados entraram em Israel a partir do Sinai, em uma região chamada de Har Harif", onde a barreira da fronteira ainda está em construção, declarou à AFP um porta-voz do exército israelense, o tenente-coronel Avital Leibovich.
"Segundo as informações que temos, um soldado israelense foi morto", disse uma fonte egípcia.
De acordo com Leibovich, "eles abriram fogo contra os soldados israelenses que protegiam os operários neste setor. Uma outra força que estava perto chegou e atirou neles".
"Os três terroristas foram mortos", acrescentou o porta-voz, que excluiu a presença de outros.
"Acreditamos que um grande atentado terrorista foi evitado graças à reação rápida dos soldados".
"Todo o confronto aconteceu no lado israelense, porque eles atravessaram a fronteira para o lado de Israel", afirmou.
Em um comunicado anterior, o exército israelense havia indicado que "um dos terroristas estava com um cinto de explosivos".
"É um setor onde a construção da barreira ainda não terminou", destacou uma fonte oficial.
Israel está construindo um muro de 250 km de extensão na fronteira com o Egito. Quase 170 km já foram construídos, e a obra deve terminar no fim do ano.
Em 18 de junho, dois homens vindos do Sinai entraram em Israel, onde atacaram um comboio que transportava israelenses que trabalhavam na construção do muro, matando um operário, antes de serem mortos pelo exército.
Israel pediu ao futuro governo do Egito para retomar o controle sobre a Península do Sinai, que as autoridades não controlam desde a saída das forças do ex-presidente Hosni Moubarak, em fevereiro de 2011.
O ataque foi reivindicado por um grupo que disse ser da Al-Qaeda em um vídeo no qual dois homens diziam "estar prontos para realizar uma operação dupla de martírio, tendo como alvo as forças do inimigo sionista na fronteira egípcia (...), em 18 de junho".
No dia 5 de agosto, um suposto comando islamita, cuja nacionalidade não foi revelada, atacou um posto na fronteira egípcia, matando 16 guardas egípcios. Os atacantes tinham roubado um veículo blindado no qual entraram em Israel, onde eles foram mortos pelo exército.
Em 16 de setembro, um soldado egípcio foi morto em confrontos com homens armados no norte do Sinai.