Três pacientes morrem de Covid à espera de leito de UTI em Formiga, no Centro-Oeste de Minas

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
23/03/2021 às 19:28.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:29
 (Prefeitura de Formiga/Divulgação)

(Prefeitura de Formiga/Divulgação)

Três mulheres com Covid-19 morreram à espera de leitos de terapia intensiva, nesta terça-feira (23), em Formiga, no Centro-Oeste de Minas. Elas estavam intubadas na sala vermelha da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade, segundo a assessoria de comunicação da prefeitura.

As vítimas eram uma mulher de 55 anos, diabética, e duas idosas, de 69 e 88 anos, que tinham hipertensão e doença respiratória, respectivamente.

Ainda de acordo com a prefeitura, a taxa de ocupação de leitos no município é de 100% e, mesmo com a abertura de mais 30 leitos, nesta terça, do Hospital de Campanha, montado no Ginásio Vicentão, não foi possível desafogar o sistema de saúde, uma vez que já havia 36 pacientes à espera de UTI's.

Ao todo, a cidade passa a contar ainda com 92 leitos de enfermaria disponíveis para o tratamento da doença.

Outra medida tomada foi a transferência de todos os pacientes que estavam na UPA, e que não estão com Covid-19, para o Hospital Santa Marta. "A decisão foi necessária devido ao agravamento da situação epidemiológica do município que registra ainda um aumento de novos casos da doença e a necessidade de internação".

A partir das 19h desta terça, a população que precisar de atendimentos de urgência e emergência, que não forem relacionados à doença, devem procurar o pronto-atendimento do hospital. 

Formiga tem, até o momento, 5.230 casos confirmados de coronavírus e 89 mortos. Março tem sido o pior mês desde o início da pandemia, com o registro, até essa segunda-feira (22), de 1.757 novos casos da doença, número bem maior que todos os casos juntos registrados em janeiro e fevereiro (1.373). 

Além disso, 29 pessoas perderam a vida em decorrência de complicações da Covid-19. Nos dois primeiros meses do ano foram 29 óbitos por causa da doença. "O resultado das medidas restritivas da Onda Roxa só deverá ser sentido no início de abril. Os casos atuais são, em sua maioria, de pacientes que contraíram a doença antes do início das medidas mais restritas do Programa Minas Consciente", explicou Leandro Pimentel, secretário municipal de Saúde. 

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