Um tunisiano de 66 anos morreu após visitar a Arábia Saudita e contrair um coronavírus, um vírus parecido com o da síndrome respiratória aguda grave (Sars). Dois filhos do homem também foram infectados pelo vírus, informou o Ministério da Saúda da Tunísia.
Os filhos do tunisiano foram medicados e já se recuperaram, mas o restante da família continua sob observação médica, disse o Ministério em comunicado divulgado na segunda-feira.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou os casos, mas disse que um deles foi registrado numa filha e não num filho da vítima fatal, que teria estado com o pai durante parte da viagem para a Arábia Saudita e o Catar.
Os casos são os primeiros registrados na Tunísia e indicam que o vírus está lentamente avançando para além das fronteiras da Arábia Saudita, onde mais de 30 casos de coronavírus foram registrados. Dos 40 casos registrados em todo o mundo recentemente, cerca de 20 infectados morreram.
"Estes casos na Tunísia não alteraram nossa avaliação de risco, mas eles mostram que o vírus ainda está se espalhando", disse Gregory Hartl, porta-voz da OMS em Genebra.
O tunisiano era diabético e reclamava de problemas para respirar desde o retorno da viagem. Ele morreu no dia 10 de maio num hospital da cidade costeira tunisiana de Monastir.
O novo vírus tem sido comparado ao da Sars, uma pneumonia incomum que surgiu na China e se transformou num surto internacional no início de 2003. O novo coronavírus é mais parecido com um vírus que aparece em morcegos e é parte de uma família de vírus que causa desde a gripe comum e até a Sars. A OMS ainda reúne informações para concluir como o vírus é transmitido.
As cidades sauditas de Meca e Medina vão receber milhões de peregrinos de todo o mundo durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que neste ano será entre julho e agosto. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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