Estratégia uniu experiências da produção de café de alta qualidade com atrativos naturais, culturais e gastronômicos locais
Produtos devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis, como prevê a legislação, em casos de risco à saúde pública, adulteração, fraude ou falsificação (Tim Mossholder via Unsplash)
Uma degustação harmonizada de cafés especiais ao pôr do sol, com quitandas mineiras, junto à mata nativa e nascentes, ou em meio ao cafezal. Atividades que podem ser vivenciadas na Rota Café do Cerrado Mineiro, onde os produtores abriram as porteiras para compartilhar as
experiências da produção de café da primeira região do país a receber a Indicação Geográfica (IG) pelo INPI, na modalidade Denominação de Origem (DO).
Com a valorização e o crescimento do turismo rural, a Rota Café do Cerrado Mineiro foi lançada, no fim do ano passado, em Patrocínio, município do Alto Paranaíba, em uma das maiores regiões produtoras do país. A iniciativa teve o apoio do Sebrae Minas, entidades parceiras locais, Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secutl),
Instâncias de Governança Regionais (IGRs) e cafeicultores da região.
A estratégia uniu as experiências da produção de café de alta qualidade com os atrativos naturais, culturais e gastronômicos locais para valorizar as origens e criar novas oportunidades de negócios ligadas à cadeia produtiva associada ao turismo rural e a culinária regional.
"A Rota do Café do Cerrado Mineiro é uma grande oportunidade para trazer consumidores do Brasil e do mundo para conhecerem um produto diferenciado, e todo o potencial do bioma Cerrado. A iniciativa será muito importante para o desenvolvimento dos pequenos, médios e grandes negócios, em especial para o trade turístico local, tornando o destino mais conhecido pela experiência, história e origem dos cafés produzidos na região", destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
Após o lançamento, foram criadas seis experiências para os turistas conhecerem pequenas e grandes fazendas e vivenciar in loco, a produção de cafés de excelência e todo o processo de inovação e tecnologia utilizado pelos produtores locais. As fazendas que oferecem esse serviço
são: Agro Nunes (Nunes Coffe); Bela Vista (Alado Coffee); Rainha da Paz (Famíglia Montanari); Santa Cruz da Vargem Grande (AgroBeloni), além da Cafeteria Dulcerrado by Expocacer, e Coffee Roaster Porto Feliz.
A expectativa é de que com o tempo, outras propriedades integrem
o roteiro.
Em 2024, o Café do Cerrado Mineiro está entre as rotas prioritárias de Minas Gerais que receberão incentivos do Sebrae Minas e da Secult. O objetivo é fortalecer a atividade turística no estado, a partir da ampliação da oferta de produtos turísticos com potencial para atrair mais visitantes.
"Promover a Rota Café do Cerrado Mineiro significa mostrar o agronegócio de ponta no estado e, ao mesmo tempo, estimular o turismo e abrir novas possibilidades de investimentos na região. O café é um dos símbolos da cultura mineira e vai além: gera emprego, renda e impulsiona a economia do estado", afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.
Cerrado Mineiro
Em 2022, a Região do Cerrado Mineiro completou 50 anos, uma história que começou na década de 1970, com a chegada de cafeicultores de outras regiões do país. Hoje, o território conta com 4,5 mil cafeicultores distribuídos por 55 municípios das regiões do Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste Mineiro.
A região possui uma área de produção de 255 mil hectares, sendo responsável por 12,7% da produção brasileira de café, e 25,4% da produção mineira, com média de seis milhões de sacas produzidas anualmente.
O Café do Cerrado Mineiro se caracteriza por ser cultivado em um território singular, com estações climáticas bem definidas – verão quente e úmido e inverno ameno e seco. Os cafés são cultivados em áreas com altitude que variam entre 800 e 1,3 mil metros, o que resulta em uma bebida de sabor único e de alta qualidade.
Promoção
A Rota Café do Cerrado Mineiro foi estruturada pelo Sebrae Minas, em parceria com a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Acip/CDL, a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer) e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Patrocínio. Para garantir um atendimento de excelência ao cliente e uma boa experiência, o projeto
também inclui ações voltadas para a capacitação de donos de pequenos negócios que fazem parte da cadeia produtiva associada ao turismo da cidade, como hotéis, pousadas, bares e restaurantes.
A rota conta ainda com o apoio da Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa), da Associação dos Pequenos Produtores do Cerrado Mineiro (Appcer) e da Secretaria de Estado de Turismo e Cultura de Minas Gerais (Secult).
Mais informações: www.cerradomineiro.org/rotadocafe