O turista brasileiro Robson Cilaberry dos Santos Júnior, de 24 anos, morreu na última terça-feira (8), após se acidentar na estação de esqui Cerro Castor, no Ushuaia, capital da Província da Terra do Fogo, na Argentina. No domingo anterior (6), Júnior e o irmão Octavio Luiz Martins, de 33 anos, foram esquiar pela manhã. Segundo Martins, Júnior teria levado alguns tombos, mas "nada grave". "Ele tomou alguns tombos 'bobos', como qualquer turista que estava por lá (estação de esqui)", disse Martins.
Logo em seguida, Júnior começou a se sentir mal, com dor no peito e foi levado para a enfermaria da Cerro Castor. Ele foi atendido, medicado e liberado pelo médico do local para voltar ao hotel.
Quando chegaram ao hotel Las Vengas, Júnior continuou com dor no peito, mas considerou que não era nada grave, segundo Martins.
Na última segunda (7), o turista continuou com dores e resolveu ficar em repouso no hotel, enquanto o irmão Martins voltou a esquiar, entre 8h30 e 16h30. À noite, os irmãos jantaram, conversaram e resolveram que, se as dores passassem, na terça-feira voltariam a esquiar.
No dia seguinte, às 7h30, Martins viu que o irmão estava deitado e perguntou: "Você vai hoje?" Mas ele não respondeu. O irmão insistiu e Júnior não se mexeu. Desesperado, Martins saiu em busca de ajuda. Um médico que estava hospedado no hotel foi ao quarto e constatou que Júnior já havia morrido.
O turista foi levado de ambulância para o hospital da cidade. A equipe médica realizou autópsia e constatou, segundo laudo, tamponamento cardíaco, acúmulo de líquido entre as duas membranas do pericárdio, que envolve o coração. A consequência é o bombeamento ineficiente de sangue para os órgãos e tecidos do corpo, reduzindo a pressão arterial, podendo causar choque e morte, se não tratada a tempo.
O corpo de Júnior foi levado de Ushuaia para Buenos Aires na sexta-feira (11), mas por questões burocráticas a Argentina ainda não liberou o traslado ao Brasil.
A assessoria de comunicação diz que a estação de esqui Cerro Castor prestou os primeiros socorros e que o cliente não apresentava "danos físicos". Com queixa de dores, Júnior foi medicado e aconselhado a procurar um hospital para realizar exame de raio-X, segundo a assessoria.